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No País da troikada: Manta de retalhos

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João Paulo Marques, professor do Ensino Superior Politécnico joao.paulo@regiaodeleiria.pt

Quando não há tema, um cronista (alguma vez vos disse como adoro este título?) tem de inventar. E como deixámos de ouvir falar na troika, a crónica de hoje foi feita de retalhos. Cada retalho, como poderão ver, podia dar uma crónica. Mas assim vão em formato compacto, que é mais económico, e cada um dos queridos leitores inventa o resto.

Primeiro retalho: Quanto mais conheço os coelhos que por aí andam, e chamo a vossa atenção para o facto de esta história de coelhos a andarem por aí não ser nova nem de agora, mais saudades tenho daquele coelho guisado que a minha avó fazia. Era um coelho especial. Caseirinho. Autêntico. Servido com batata frita, feijão branco ou arroz. Do melhor.

Segundo retalho: Séria era uma proposta de sortear a troika. O povo pedia as faturas e depois saía-nos um membro da troika. Os automóveis são uma péssima ideia. Só dão despesa e o preço do combustível continua pela hora da morte. Agora aqueles crânios que por aí andam a governar-se… desculpem, queria dizer a governar-nos, bem que podiam dar uma ajuda como consultores financeiros das famílias.

Terceiro retalho: Quem é que diabo se lembrou de chamar Stephanie à tempestade que andou por terras lusas? Não podia ser Maria Albertina? Gertrudes da Conceição? Ou mesmo Cátia Vanessa? Esta mania de dar nomes estrangeiros às coisas ainda um dia vai dar cabo da nossa identidade. Depois queixem-se.

(texto publicado na edição de 13 de fevereiro de 2014)