Estamos em crise. É um facto. Não apenas económica e financeira. Sobretudo moral. Aliás, acredito que a crise que a (quase) todos nos atinge se deve à crise de valores e comportamentos de quem tem (tinha?) responsabilidades.
Mas agora que a crise é um facto, o que fazer? Roll over and die, como dizem os americanos, ou puxar pela cabeça e apostar num pouco de… fé? A primeira solução parece-me a mais fácil: quem não arrisca não petisca e, com este Governo, quem não arrisca também não tem que se endividar ainda mais para tentar recuperar a sua vida.
Já a segunda solução é a mais arriscada, a menos sensata. Puxar pela cabeça, apostar num produto ou serviço para explorar, investir, dar o melhor… e ter fé. Para além dos já aguardados sinais de inveja e má-educação por parte de quem não tem a mesma… fé, também os ventos e marés que teremos pela frente não vão ajudar.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Mas a minha geração, que nasceu no ano da liberdade, não tem outro caminho. Temos que saltar para o abismo. Com uma corda muito fina, praticamente sem rede e sem saber se quando chegarmos ao fundo iremos encontrar terra firme… ou água. E se for água, teremos que nadar. Um músico francês escreveu “aqui até os nossos sonhos são limitados e é por isso que irei para lá”. Tudo é melhor do que isto. Tudo é melhor do que desistir.
Escrito ao abrigo do anterior Acordo Ortográfico
(texto publicado na edição de 4 de julho de 2013)
Raul Testa disse:
Bom texto Filipe 😉
PS: Go Go anterior acordo ortográfico 😀