Há uns anos atrás fiz um passeio familiar de férias pelo País Basco. Numa das muitas bonitas cidades daquela região do país vizinho, passeamo-nos por San Sebastian. Era manhã cedo quando decidimos ir dar uma volta pelo centro histórico.
Chegados a uma praça, deparámo-nos com um edifício que contrastava pela sua bonita e moderna arquitetura, com a traça da zona envolvente. Percebemos que aí existiam algumas lojas de famosas marcas internacionais, pelo que resolvemos entrar. Qual não foi o espanto quando descobrimos que, além de grandes lojas-âncora, que servem para isso mesmo, captar a atenção dos transeuntes, existia naquele edifício um mercado com as suas diversas componentes – talho, peixaria, lojas de frutas e legumes e, como complemento, tabacarias e floristas. Recordo a boa impressão com que fiquei de uma peixaria, com o proprietário, vestido na sua camisa azul italiana e de mangas arregaçadas e avental, a preparar a vista de todos, uns filetes de fazer crescer água na boca. É verdade, existiam nesse centro comercial de zona histórica, três pisos de estacionamento subterrâneo gratuitos.
Recordo esta história apenas a título de exemplo. Quando existe em Leiria um mercado construído nos anos oitenta, que apresenta deficiências estruturais de vária natureza, percebo que não é preciso inventar nada, basta copiar os bons exemplos.
(texto publicado a 19 de outubro de 2012)
