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Crónica irregular: Cooperação

Na passada semana o Governo aprovou o intitulado “Conceito Estratégico da Cooperação Portuguesa 2014-2020”.

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Cláudio de Jesus, engenheiro do Ambiente claudiojesus2012@gmail.com

Na passada semana o Governo aprovou o intitulado “Conceito Estratégico da Cooperação Portuguesa 2014-2020”. Este conceito assenta em três áreas-chave de atuação: cooperação para o desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ajuda humanitária e de emergência.

Naturalmente que, a política de cooperação para o desenvolvimento tem de ser um elemento chave da política externa portuguesa, e que assenta num consenso alargado entre as forças políticas e a sociedade civil, cujo objetivo último é a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável dos diversos países envolvidos, em total respeito pelos direitos humanos e pela democracia dos estados de direito.

Dito de outra forma, a cooperação tem de ser entendida como um investimento e não como uma despesa, como fator de desenvolvimento e não de ajuda, e que deve complementar outras vertentes da política externa portuguesa, nomeadamente a diplomacia económica e a ação cultural portuguesa fora de portas.

Só assim será possível ao Estado português apoiar condignamente as empresas portuguesas em processos de internacionalização, bem como alicerçar o uso do bem mais precioso que nos une aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e a Timor-Leste, precisamente a Língua Portuguesa.

(texto publicado na edição de 13 de março de 2014)