A população atual do planeta cresce ao ritmo alucinante de 155.000 novos habitantes por dia. Noventa por cento desses habitantes povoam cidades de países em desenvolvimento, o que origina, não um crescimento sustentado e planeado, antes sim o surgimento de aglomerações urbanas com um desenvolvimento quase anárquico.
Recentemente visitei a Coreia do Sul, país asiático com um grau de desenvolvimento nas suas principais cidades, que nada fica a dever ao registado nos países da europa comunitária e da américa do norte. Ali percebe-se claramente que houve uma estratégia, um rumo, o devido planeamento e o pensar as cidades. Modernas infraestruturas rodo e ferroviárias, aeroportos sofisticados, portos e terminais de carga e de navios de cruzeiro, tudo funcionando como um relógio, suíço já agora, pois que a tempo e horas.
Esta reflexão leva-me a perceber que entre o mundo dos países em desenvolvimento e o dos países desenvolvidos há uma assimetria tal que é possível vir a gerar muitos e bons empregos. Um exemplo é claramente o Brasil, país em franco processo de desenvolvimento e que, por via desse acelerado processo, carece muito de profissionais qualificados em quantidade suficiente para fazer face aos desafios dos próximos 4/5 anos. Pode ser uma boa oportunidade para muitos profissionais portugueses especializados atravessarem o Atlântico.
(texto publicado a 28 de setembro de 2012)
