Custou cerca de 320 mil euros mas apenas abriu portas para atividades pontuais. A Escola de Trânsito de Ortigosa, projetada há cerca de dez anos, foi aprovada em 2005 pela Câmara Municipal, esperou dois anos pela construção da pista e colocação de sinalização, e aguardou mais dois pela instalação de uma estrutura de apoio para aulas teóricas.
Em setembro de 2009, o anterior executivo, liderado por Isabel Damasceno, realizou uma visita ao novo espaço no âmbito da Semana Europeia Sem Carros. Faltava contudo o mobiliário, os carrinhos de tração e a pedais, bem como definir o modelo de funcionamento da escola para poder ser colocada à disposição dos alunos do 1º e 2º para a dinamização de ações de prevenção rodoviária.
Era suposto abrir portas naquele ano letivo mas o circuito, inserido no Parque Temático da Lagoa, está fechado e a estrutura modular ainda não recebeu quaisquer equipamentos.
Ao REGIÃO DE LEIRIA, Ascensão Domingues, presidente da Junta de Freguesia de Ortigosa, nega que o espaço esteja ao abandono apesar do crescimento rápido da vegetação. Garante que a limpeza é feita periodicamente pelos serviços da Câmara mas admite que a escola nunca entrou em funcionamento “por falta de logística”. Com o novo mandato à porta, diz-se esperançada que a estrutura possa abrir a curto prazo.
Confrontado com o adiamento do projeto, Lino Pereira, vereador da Câmara Municipal, frisa que apenas assumiu o pelouro do Trânsito há cerca de ano e meio e confessa que esta não foi uma prioridade, “também por falta de tempo”.
“Confesso que não me debrucei” sobre o assunto e “penalizo-me por não o ter feito”, acrescenta, sublinhando a importância do projeto em termos pedagógicos e de segurança rodoviária.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Gonçalo Lopes, vereador da Educação, entende por sua vez que a abertura da escola “obriga a uma atividade regular na área da prevenção”. Foram desenvolvidos alguns contactos para uma eventual parceria com uma entidade privada mas ficaram sem efeito dada a dificuldade assumida na rentabilização do projeto.
As limitações do município para a afetação de recursos humanos e os custos de manutenção num período económico difícil travaram entretanto o projeto.
(Notícia publicada na edição de 10 de outubro de 2013)
MR