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Cultura

Museu da Comunidade da Batalha abre este mês

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, investimento de 900.000 euros, abre este mês para mostrar a história do município e permitir que todos os visitantes se sintam incluídos no espaço.

O Museu da Comunidade Concelhia da Batalha, investimento de 900.000 euros, abre este mês para mostrar a história do município e permitir que todos os visitantes se sintam incluídos no espaço.

(aguarela de Artur Franco)

“É um projeto que está preparado para todos os deficientes poderem usufruir deste espaço, invisuais, surdos, deficientes motores”, disse à agência Lusa o presidente da câmara da Batalha, António Lucas, considerando a inclusão uma “componente fundamental” do primeiro museu municipal do concelho.

Pelo edifício, de dois pisos, no qual há um espaço para os cães-guia descansarem, um trilho conduz os visitantes cegos à descoberta do museu, onde também podem conhecer, através de maquetas, a construção do Mosteiro da Batalha.

Para estes, além de outro acervo tátil, originais ou réplicas, o museu disponibiliza igualmente áudio guias e informação em Braille, enquanto que para os surdos o futuro reserva tradução em língua gestual, nomeadamente através de vídeo guias.

“Este museu procura oferecer às pessoas que aqui vêm uma série de soluções que permitam que se sintam, todas elas, incluídas neste espaço”, afirmou a técnica de museologia Ana Moderno, adiantando que as soluções passam pela tato e voz, mas, “quem sabe, no futuro”, o cheiro.

O espaço, cujo slogan é “Um museu de todos”, está localizado no centro da vila da Batalha e divide-se por cinco áreas temáticas. A primeira começa com a formação do território e termina na Batalha de Aljubarrota, passando pela geologia, paleontologia ou arqueologia.

Nesta área, o destaque está centrado no espaço dedicado à vila romana de São Sebastião do Freixo (Collipo) e na estátua do Magistrado Romano e no Mosaico do Hipocampo.

Uma tela do artista Mário Santa Rita sobre a Batalha de Aljubarrota, cuja vitória dos portugueses determinou a construção do Mosteiro da Batalha, abre caminho ao piso superior do museu e à segunda área temática.

A construção do monumento é contada numa projeção multimédia e o espaço inclui um conjunto de objetos relacionados com os poderes real e religioso, como o sistema de pesos e medidas do rei D. Manuel I, o verdadeiro e uma cópia.

Informação sobre as personalidades que o Mosteiro da Batalha recebeu e objetos relacionados com as actividades económicas do concelho, como o Couto Mineiro do Lena, são visíveis nesta área, sucedendo-lhe um terceiro núcleo, dedicado à Batalha da atualidade.

Numa maqueta interativa que reproduz o município em termos topográficos, os visitantes são convidados a descobri-lo através de seis vídeos promocionais que mostram, por exemplo, o artesanato, a gastronomia ou o património. O objetivo é aumentar a permanência dos turistas no concelho, explicou António Lucas.

Um espaço dedicado a exposições temporárias, que abre com uma mostra sobre o ensino no concelho, e o laboratório da memória futura completam o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha.

“O museu pretende dar a conhecer a história do concelho, a nossa história integralmente, desde o início dos tempos até àquilo que somos hoje e até àquilo que queremos ser no futuro”, resumiu o presidente da autarquia.

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