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Sociedade

Barracão: Empresários desiludidos com acordo de associações de transportadores

Vários empresários da região de Leiria manifestaram-se ontem à noite noite, terça-feira, desiludidos com o acordo alcançado entre as três associações que representam os transportadores rodoviários de mercadorias e o Governo.

Vários empresários da região de Leiria manifestaram-se ontem à noite noite, terça-feira, desiludidos com o acordo alcançado entre as três associações que representam os transportadores rodoviários de mercadorias e o Governo.

No Barracão, em Leiria, junto ao itinerário complementar 2, onde desde segunda-feira camionistas e empresários iniciaram o protesto, não se ouviram aplausos, nem reações de regozijo à notícia do teor do acordo, mas antes manifestações de desilusão e deceção.

António Morais, empresário de Pombal, afirmou à agência Lusa que é uma “desilusão continuada”, considerando que a paralisação, iniciada às 00:00 de segunda-feira, “não adiantou nada”.

O empresário, que se preparava para desmobilizar, no que era secundado por outros, sustentou que uma das soluções para o setor seria a “tarifação do transporte rodoviário de mercadorias, à semelhança dos táxis”, mas reconheceu que essa proposta “nunca esteve em cima da mesa”.

O acordo, que tem como contrapartida o levantamento da paralisação, estabelece, entre outras medidas, a introdução de “descontos no pagamento de portagens no âmbito das SCUT [autoestradas sem custos para o utilizador], designadamente através da modulação horária, admitindo-se descontos até 10 por cento no período diurno e 25 por cento no período noturno”, além da majoração dos custos com combustível para efeitos de IRC.

Outro transportador declarou-se “muito desiludido”, explicando que o protocolo estabelecido “favorece e facilita a vida às grandes empresas que precisam de andar todos os dias nas SCUT, de dia e de noite, e têm uma maior rentabilidade”.

“O protesto não valeu a pena para as pequenas e médias empresas (PME). Foi um acordo pior que em 2008 e lutaram as PME para as grandes terem benefícios”, lamentou, sustentando que “se houvesse desconto no gasóleo era um bom acordo”.

José Barros Moreira, empresário de Ponte de Lima que estacionou o camião e juntou-se aos colegas que se encontravam no Barracão, reconheceu: “Queria boas notícias, mas o acordo, para mim, não serve de nada”.

“O protesto não surtiu o efeito desejado. Não vale a pena andar a perder tempo”, acrescentou.

O consenso foi alcançado durante uma reunião no Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que durou cerca de quatro horas.

Na reunião estiveram presentes os presidentes das Associações de Transportadores de Terras, Inertes, Madeiras e Afins (ATTIMA), Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e Nacional de Transportadoras Portuguesas (ANTP).


Secção de comentários

  • Castelhano disse:

    Não sabia que eram os empresários ou motoristas que mandavam no Pais! Não mandam em coisa nenhuma a não ser nas suas empresas…e muitas vezes mal! O problema do País é não ter forças de segurança que cheguem, porque se asim fosse 90% dos camionistas que pararam não o teriam feito
    porque foram obrigados. Devo salientar que a atitude dos camionistas em relação aos seus colegas de profissão foi de uma cobardia sem limites. Por isso, para grandes males, deveria ter havido grandes remédios! E aqui as forças de segurança faltaram! Foi pena!

  • Zé do Manguito disse:

    Das suas uma, ou são uma cambada de froxos, ou alguem meteu dinheiro no bolso. Tiveram uma oportunidade de ouro de mostrar a estes filhos da …. quem é que manda em Portugal, e deitaram tudo a perder. Reparem, reparem nacara de palhaço do PM ao comentar o acordo na SIC, está ou não a gozar com o zé.

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