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Sociedade

Comissão denuncia nova descarga poluente na Ribeira dos Milagres

A Comissão Defesa da Ribeira dos Milagres alertou para uma nova descarga poluente na ribeira e pediu à ministra do Ambiente para actuar no sentido de pôr cobro a estas situações

A Comissão Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres (CADRM) alertou hoje para uma nova descarga poluente na ribeira dos Milagres, Leiria, e pediu à ministra do Ambiente para actuar no sentido de pôr cobro a estas situações.

“Na quinta-feira, às 22 horas, já havia espuma abundante na ribeira e o cheiro caraterístico das suiniculturas. Hoje, a água apresenta-se negra, com restos de efluentes, e, não há dúvida nenhuma, que se trata desta origem”, disse à agência Lusa o porta-voz da comissão, Rui Crespo.

Segundo Rui Crespo, “todas as noites tem havido descargas, com maior ou menor intensidade”.

“O caudal da ribeira está baixíssimo e o leito completamente preto, fruto do tipo de efluentes que são lançados”, continuou o responsável, que classificou as descargas nesta época como uma “imprudência”.

O porta-voz da comissão recordou que a ribeira dos Milagres é um afluente do rio Lis, que desagua na Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, considerando que a sucessão de descargas constitui um “perigo para a saúde pública”.

Rui Crespo disse ainda esperar da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, uma atuação célere para resolver este problema.

“A senhora ministra tem de mostrar quem é que manda. Não pode e não deve permitir que estas pessoas e estas entidades que, ao longo de todos estes anos, têm feito uso da ribeira a seu bel-prazer, pondo os interesses particulares acima dos interesses das populações, continuem a prevaricar”, afirmou o responsável.

Para Rui Crespo, Assunção Cristas tem responsabilidades acrescidas, atendendo que foi cabeça de lista pelo Círculo de Leiria nas duas últimas eleições legislativas.

“A senhora ministra tem um trabalho árduo, mas convém que cedo mostre à população que está empenhada na solução do problema”, acrescentou.

Fonte da GNR de Leiria confirmou à Lusa a denúncia da situação verificada a partir da noite de quinta-feira e o envio para o local de uma equipa do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente.

A solução final para os efluentes suinícolas produzidos na região de Leiria passa pela construção de uma estação de tratamento que deverá resolver o problema das descargas na ribeira dos Milagres.

A estação, projetada para a freguesia de Amor, no concelho de Leiria, tem um custo previsto de 18 milhões de euros e é uma obra da responsabilidade da Recilis.


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