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Sociedade

Projeto pioneiro vai produzir em Leiria eletricidade capaz de servir seis mil famílias

Leiria começa na segunda-feira a produzir eletricidade a partir de um projeto pioneiro a nível europeu, conseguindo servir seis mil famílias da região, informou hoje o administrador delegado da Valorlis.

Leiria começa na segunda-feira a produzir eletricidade a partir de um projeto pioneiro a nível europeu, conseguindo servir seis mil famílias da região, informou hoje o administrador delegado da Valorlis.

Central de Valorização Orgânica da Valorlis
O Centro de Valorização Orgânica (CVO) representa um investimento de 21 milhões de euros, e irá servir 20 municípios e 719 mil habitantes, sendo capaz de receber 50 mil toneladas de resíduos por ano.

“Esta nova central é pioneira a nível nacional e até europeia”, distinguiu Miguel Aranda da Silva, sublinhando que” é a primeira em funcionamento que consegue fazer a valorização dos resíduos sólidos urbanos recolhidos indiferenciadamente”.

O responsável acrescenta que a unidade “transforma os resíduos em biogás e, posteriormente, em energia elétrica e em composto com possibilidade de utilização em solos agrícolas”.

A energia produzida através do biogás será a partir de segunda-feira injetada na rede Elétrica Nacional, podendo chegar aos 6 milhões de kWh anuais.

A mesma entidade estima que a produção de composto, a utilizar na agricultura ou em jardins, atingirá as 5.400 toneladas por ano.

“Com os refugos desta nova central é também possível produzir um combustível derivado de resíduos”, que pode ser usado, por exemplo, por cimenteiras.

A Valorlis é a entidade que gere o tratamento de resíduos sólidos urbanos dos concelhos de Leiria, Pombal, Ourém, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós e ao longo da última década recebeu em média 120 mil toneladas de resíduos por ano.

Agora, a parceria com a Valorsul soma ainda concelhos da região Oeste em torno do novo projeto.

Miguel Aranda da Silva chama a atenção para o facto do CVO ser o único no país a funcionar com esta tecnologia, conseguindo produzir mais energia com recurso a menos resíduos e “de uma forma mais amiga do ambiente”.

A Valorlis revela que a CVO “vai diminuir a quantidade de matéria orgânica depositada em aterro”.

Segundo o administrador delegado a redução ronda os 25 por cento.

O CVO, feito em parceria com a Valorsul, e é financiado em 7,3 milhões de euros pelo Fundo de Coesão e em 2,3 milhões de euros pelo Programa Operacional Temático Valorização do Território.

A nova unidade criou 23 postos de trabalho nas áreas de mecânica, eletricidade, comando e controlo, laboratório e triagem.

Lusa

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