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Sociedade

Paulo Guerra: “Renovação dos quadros pode trazer ganhos para a justiça”

O juiz Paulo Guerra é natural de Leiria e ficou no primeiro lugar no concurso nacional para juiz desembargador. O REGIÃO DE LEIRIA falou com o magistrado após a divulgação dos resultados.

O juiz Paulo Guerra é natural de Leiria e ficou no primeiro lugar no concurso nacional para juiz desembargador. O REGIÃO DE LEIRIA falou com o magistrado após a divulgação dos resultados.

REGIÃO DE LEIRIA- Ficou no primeiro lugar do concurso nacional de graduação para Juiz Desembargador. O que representa este resultado?
Paulo Guerra – De facto, ficámos três juízes com a notação máxima, valendo depois a antiguidade. É a primeira vez que se faz este concurso de promoção a Juiz Desembargador. É óbvio que fiquei muito satisfeito com o resultado, fruto do meu labor de muitos anos, dedicado à causa da justiça, e muito  particularmente, à justiça da família e das crianças, que me viu suar muitas horas, e à justiça penal, onde actualmente navego. O que representa? Que fui avaliado, em termos de currículo, por um júri pluridisciplinar, júri esse que apreciou o meu trabalho na Justiça, nos tribunais e noutros locais onde sempre exerci comissões de serviço de natureza judicial.

REGIÃO DE LEIRIA– Será o mais novo Juiz Desembargador do país. É um sinal que a justiça portuguesa se está a renovar?
Paulo Guerra -Penso que há mais um colega de Novembro de 1963. Direi que a renovação dos quadros é um dado adquirido, sempre que se injectam novos juízes no sistema. Acredito que nesta renovação pode haver ganhos, desde que nunca nos desviemos da essência do juiz, apenas mais um homem vulgar com um mister invulgar.

REGIÃO DE LEIRIA– Sente que as dificuldades económicas que o país atravessa obrigam a uma maior intervenção da justiça? De que forma?
Paulo Guerra -É natural que, neste ciclo de dificuldades, os tribunais sejam chamados a dirimir mais situações de conflito, sobretudo na jurisdição laboral (onde a instabilidade profissional impera), na jurisdição penal (onde se discutem os lados negros de cada alma, tentados a pisar o risco, muitas vezes por dificuldades financeiras) e na jurisdição das crianças (onde se conhecem as situações de perigo vividas pelos elos mais fracos da cadeia).

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