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Sociedade

Porto de Mós abandona “trio” que comemora a Batalha de Aljubarrota

O alargamento da Zona Especial de Proteção do Campo Militar de São Jorge abriu brechas na união. Município onde castelhanos e portugueses mediram forças, bateu com a porta.

O trio de municípios que tradicionalmente comemora a efeméride – Alcobaça, Batalha e Porto de Mós – e que no ano passado se juntou à Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA) num programa conjunto de comemorações, passou a duo.

Campo Militar no centro da polémica que minou a união de municípios para os festejos (fotografia: Joaquim Dâmaso)

Apenas Batalha e Alcobaça permanecem dispostas a colaborar com a FBA em festejos partilhados.

Alexandre Patrício Gouveia, presidente da fundação, escusa comentar a perda de Porto de Mós para o esforço conjunto, remetendo qualquer explicação para o município.

Por sua vez, João Salgueiro, presidente da Câmara de Porto de Mós, não comenta o assunto.

Contudo, a contestação ao alargamento da ZEP, que o município de Porto de Mós e a Junta de Calvaria de Cima e vários moradores de São Jorge sempre apelidaram de “exagerado” e que a FBA defende, terá inviabilizado as comemorações conjuntas.

Um processo que, aliás, conhece agora um novo desenvolvimento. O município de Porto de Mós entende que a criação da nova e alargada ZEP morreu. Qual a razão? Teria de ser confirmada com publicação até ao dia 28 de junho. E isso não aconteceu.

“Os nossos juristas são do entendimento de que a ZEP caiu”, revela João Salgueiro. “Defendemos o monumento que é um espaço importante do concelho e do país, mas não concordamos com a dimensão da ZEP, criada sem ouvir as pessoas”, afirma.

Para a Câmara de Porto de Mós, o monumento continuará a contar com a zona de proteção em vigor: 50 metros em redor do monumento. Com estas guerras em pano de fundo, o certo é que São Jorge vai mesmo ser palco de comemorações.

Alexandre Patrício Gouveia explica: “dia 12 de agosto teremos os quadros vivos da Batalha no Campo de São Jorge. Dia 14, teremos as cerimónias ofi ciais às 10 horas, com uma missa campal, seguida das cerimónias no Mosteiro da Batalha”.

A este elenco de atividades juntam-se concertos na vila da Batalha (dias 12 a 15) e a feira medieval de Aljubarrota, de 11 a 15 agosto.

(Notícia publicada na edição de 27 de julho de 2012)

Carlos S. Almeida
carlos.almeida@regiaodeleiria.pt


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