Na rua Dom Afonso Henriques, num dos braços do Largo Cândido Reis, descansam memórias da história de Leiria. Passou quase meio
século desde que, na varanda mais conhecida de Leiria, se debruçava Narciso Costa.
Ali viveu o pintor, de 1914 até 1969, no segundo andar do edifício onde se encontram as ruas Santo António e Dom Afonso Henriques. No centro do centro histórico. Ou “no centro do mundo”, como afirma Lurdes Nogueira, proprietária do imóvel que está à venda por 380 mil euros.
Parte da história das artes de Leiria procura novo dono. As paredes do edifício Arte Nova permanecem ali, gastas, cor de salmão, a fazer esquina numa varanda. Os vidros, a condizer, estão partidos. Lurdes Nogueira, além de proprietária, é também a atual residente da casa. “Porque havia sempre gente no primeiro andar e por causa do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) sobre os edifícios desocupados, que é maior”.
No interior, o cheiro a antigo disfarça a falta dos móveis que já não existem, das esculturas e dos quadros que foram levados. A última pessoa a residir na casa foi Manuela Costa, filha de Narciso Costa.
Quando abandonou o edifício, há cerca de cinco anos, o espólio foi distribuído pelos sobrinhos. Resistem os sofás da sala de estar, um armário cheio de louças e porcelanas da família, uma coleção de santos antónios e pouco mais.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>A reconstrução do edifício, garante Lurdes Rodrigues, “fi ca mais cara do que o preço de aquisição”. Também por isso, a sua intenção “é manter o antigo”, mesmo fazendo algumas remodelações. Ao todo, 16 divisões compõem o apartamento. E uma varanda, a tal que dá para a rua principal.
Leia a reportagem na íntegra na edição de 28 de setembro de 2012. Pode adquiri-la aqui.
Fernando Sá Pessoa
fernando.sapessoa@regiaodeleiria.pt