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Nove agregações alteram mapa de Leiria

O concelho de Leiria vai perder 11 das suas 29 freguesias de acordo com a proposta de reorganização administrativa do território apresentada esta semana à Assembleia da República pela Unidade Técnica (UTRAT) responsável pelo processo.

Joaquim Dâmaso

O concelho de Leiria vai perder 11 das suas 29 freguesias de acordo com a proposta de reorganização administrativa do território apresentada esta semana à Assembleia da República pela Unidade Técnica (UTRAT) responsável pelo processo.

À falta de pronúncia da Assembleia Municipal de Leiria, que defendeu a manutenção do seu mapa territorial, a UTRAT propõe nove agregações de freguesias, designadamente a:
– União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes;
– União das Freguesias de Marrazes e Barosa;
– União das Freguesias de Parceiros e Azoia;
– União das Freguesias de Santa Catarina da Serra e Chaínça;
– União das Freguesias de Santa Eufémia e Boa Vista;
– União das Freguesias de Colmeias e Memória;
– União das Freguesias de Souto da Carpalhosa e Ortigosa;
– União das Freguesias de Monte Real e Carvide;
– União das Freguesias de Monte Redondo e Carreira.

Já as freguesias de Amor, Arrabal, Bajouca, Bidoeira de Cima, Caranguejeira, Coimbrão, Maceira, Milagres, Regueira de Pontes mantêm-se intactas de acordo com a mesma proposta.

A maior freguesia do concelho deverá passar a ser aquela que agrega as atuais freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes. A UTRAT justifica a decisão pelo facto de o território abrangido se situar, “total ou parcialmente, no lugar urbano de Leiria”, estando, por força da lei, sujeito a uma redução de 50% do número freguesias. Argumenta ainda “existir uma malha urbana partilhada entre as freguesias de Leiria, Pousos e Barreira e que a sede da freguesia de Cortes dista apenas dois quilómetros da Barreira.

Confira aqui o parecer da Unidade Técnica.


Secção de comentários

  • Jorge Ferreira disse:

    Sem dúvida que esta medida está correcta. É de lamentar a falta de iniciativa da câmara ,na condução deste processo.Em conjunto, com todas as juntas de freguesia deveria esclarecer e patrocinar a reorganização territorial de cada freguesia. Não o fez e agora faz ameaças com tribunal. Naturalmente que esta medida pode não ter a mesma empregabilidade em todo o pais , pela distância da sede do concelho, vias de comunicação entre freguesias ou mesmo infraestruturas públicas a partilhar. Mas não é este o caso do concelho de Leiria. Acredito que esta seja uma medida progressista , onde não se lute por muitas "capelinhas" e antes se possa pensar em projectos com dimensão agregadora. Penso que peca pela não agregação da Bidoeira aos Milagres e mesmo da Bajouca a Monte Redondo ou ao Souto da Carpalhosa. Esta foi provavelmente, a decisão tomada por alguns deputados de Leiria a Assembleia Constituinte e que depois deram como parecer a (UTRAT). Acredito que se a câmara não se tem arredado deste processo e tem discutido o novo mapa, todos os munícipes ganhariam.

  • Zé do Lis disse:

    Uma boa reforma administrativa impõe-se há muitos anos. Os partidos no poder, apesar de o entenderem, nunca tiveram coragem para a executar. Foi preciso virem uns senhores que desconhecem completamente a realidade do país, seus costumes e tradições, para dar cobertura ao actual governo para fingir que quer fazer essa reforma. Sim fingir, porque na realidade o governo não quer fazer reforma nenhuma, pois sabe que isso lhe traria custos eleitorais elevadíssimos, a começar pela perda da maioria das autarquias, das próximas eleições europeias, legislativas e a própria sobrevivência dos partidos que o sustentam. Não foi por acaso que ao primeiro sopro da Associação Nacional de Municípios colocou imediatamente de parte a proposta de reduzir o numero de Câmaras, orientando a sua veia reformista para as freguesias, elo mais fraco desta cadeia, onde os custos são menores, as vozes menos audíveis e o lobby menos homogéneo. Apesar disto, está a tentar fazê-lo as cegas, usando apenas régua e esquadro em gabinete, sem qualquer consideração pela identidade das populações, dos espaços geográficos e da reorganização moderna e sustentada do território. Não é com experimentalismos de faz de conta que se resolvem os graves problemas com que o país de debate, mas sim com iniciativas devidamente ponderadas, aplicadas com determinação.

  • Alípio Lopes disse:

    Estou completamente de acordo com esta reforma administrativa e lamento que não se aproveite para fazer o mesmo com os Municípios. Podia ter-se aproveitado a oportunidade para fazer mais fusões no nosso concelho (como Regueira de Pontes com Amor, Bidoeira com Milagres, e Bajouca a Monte Redondo e Carreira). No caso particular da minha freguesia (Parceiros) estou inteiramente de acordo e não subscrevo a ideia dos que já alegam haver intenção de suprimir Juntas do PS nem vejo que ao nível autárquico haja tanta diferença partidária como sucede ao nível central. Conheço autarcas do melhor oriundos de partidos onde nunca votei e conheço autarcas miseráveis do partido onde votei mais vezes. Já a ideia de chamar "União das Freguesias de…" parece-me uma completa idiotice. Não seria muito difícil manter os nomes dos lugares e chamar à freguesia o nome da mais populosa actualmente ou gerarem-se consensos localmente em respeito a esta matéria.

  • jose disse:

    Pois bem agora fazer o quê? não quiseram a constituição de um grupo de trabalho na assembleia municipal de Leiria para analisar as coisas de uma forma diferente, os presidentes das freguesias parecia estarem agarrados ao poder, meus senhores o poder local além de estar ligado á política não deveria ser tão politizado, mas acho que esta bem assim, alguma coisa teria de ser feito, O que eu penso agora?? vai haver uma divisão em todos os partidos por motivos eleitorais mas tenham juízo,, já não dá para aturar estes politiqueiros de capelinhas SEM Visão para o país…

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