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Coleção com 8.000 logótipos retrata história empresarial da região

Joaquim Alves juntou nos últimos 18 anos 8 mil envelopes. É um repositório da história da evolução da imagem empresarial e comercial da região e não só.

Faz questão de frisar e insiste, com toda a modéstia: “Isto não é uma coleção, é apenas um ajuntamento. Não passa disso”. Mas o que revelam as 21 caixas de cartão alinhadas com todo o cuidado no topo de um armário é uma das facetas esquecidas da história empresarial e comercial da região, e não só.

Ao longo dos últimos 18 anos, Joaquim Alves, residente no Bairro das Almuínhas, freguesia de Marrazes e Barosa, juntou mais de 8.000 envelopes com logótipos diferentes.

Há quem colecione selos – Joaquim Alves também – mas foram os logótipos que atraíram primeiro a sua atenção quando trabalhava na então Federação dos Municípios de Leiria, mais tarde integrada na EDP.

Afeto ao serviço de cobranças, começaram a pas­sar-lhe pelas mãos envelopes das mais diversas empresas tendo achado uma “certa graça” à respetiva simbologia.

O interesse levou-o a acumular os envelopes que organiza por ordem alfabética. Reformado, vai cuidando da “coleção”, que não o é, garantindo novos “exemplares” com a boa vontade de um amigo que atua na área comercial.

Dos envelopes aos selos

“É uma questão maníaca”, confessa Joaquim Alves, que não vislumbra nem consegue atribuir um valor a todos os logótipos.

Ainda assim, diz-se disponível para ceder este espólio caso alguma entidade pretenda “aproveitar e valorizar” a “coleção”, enquanto retrato da evolução do sector empresarial regional e nacional mas também do design gráfico.

“Não tenho capacidade nem jeito para fazer pesquisa e estudar a evolução de toda esta simbologia”, revela, ele que afirma não ter espírito colecionista, embora goste particularmente de preservar memórias, juntando selos, chávenas, pedras ou conchas.

Entre os milhares de envelopes, “descobrimos” cinco logos diferentes do REGIÃO DE LEIRIA, entre tantos outros, nomeadamente da Iberomoldes, da Iberoplás, do Instituto Nacional da Casa da Moeda ou da Indústria de Cerâmica da Albergaria.

Não é que Joaquim Alves perca muito tempo com eles – “de vez em quando dou-lhes uma sacudidela”, sorri. Não recorda, por outro lado, qual foi o primeiro envelope que trouxe para casa, nem idealiza quantas empresas estarão representadas naquelas caixas.

Apesar de toda a dedicação à coleção, a dos selos tem um valor superior, no seu entender, nomeadamente em termos culturais e históricos.

Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt

(notícia publicada na edição de 14 de novembro de 2013)

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