Ambos querem ganhar o jogo do campeonato do próximo domingo. Numa altura em que a diferença pontual entre Benfica e Sporting é curta, todos os pontos servem para trilhar o caminho com vista ao título nacional.
Domingo, às 18 horas, Rui La Féria estará sentado no estádio da Luz, na cadeira atrás do banco de suplentes do Benfica. Joaquim Nunes fica por Leiria. O jogo não é em Alvalade, onde tem lugar cativo, e na Luz só entrou uma vez. São adeptos fervorosos, que têm insónias quando o clube perde, ficam ansiosos ao ponto do coração acelerar e até perdem o apetite.
Rui La Féria abriu o restaurante “o Benfiquista fanático” há 19 anos em Fátima. Um dia levou um símbolo do clube para o estabelecimento e as conversas deixaram de ser sobre a vida dos outros para ser sobre futebol.
Confiante na conquista do campeonato, “se ganharmos deixamos tudo resolvido e não precisamos do ultimo jogo, com o FC Porto”, realça.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Já Joaquim Nunes prefere não acreditar na vitória para não ficar desapontado. “Se ganharem fico contente e, se perderem, não fico triste”, confessa. Na última jornada sofreu “uma grande desilusão”. “Estava a contar que ganhassem [com a Académica] e tínhamos mais ânimo para o Benfica. Fiquei com o sistema nervoso tal que nem jantei. A noite é terrível”, admite.
A paixão pelo Sporting nasceu graças ao irmão mais velho, com quem ouvia os relatos na taberna. Conheceu Alvalade, pela primeira vez, aos 13 anos, em 1957, para assistir à partida com o Belenenses e comprou o seu primeiro cachecol. Agora sempre que vai ao estádio, traz mais um para a coleção.
Independentemente do resultado de domingo, há uma verdade que ninguém pode negar: Rui e Joaquim são adeptos de corpo e alma e nada os faz trocar a paixão pelo clube do coração.
Marina Guerra (texto)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotos)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt