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Sociedade

Cemitério “verde” em Colmeias é projeto pioneiro

Há um cemitério “verde” em Colmeias, hoje freguesia de Colmeias e Memória, que aposta na poupança e organização do espaço para garantir a “dignidade” que o equipamento merece.

Há um cemitério “verde” em Colmeias, hoje freguesia de Colmeias e Memória, que aposta na poupança e organização do espaço para garantir a “dignidade” que o equipamento merece. Dividido em duas fases, o projeto, idealizado pela Junta de Freguesia no anterior mandato, possui uma zona relvada reservada a sepulturas sem campa. Apenas lápides ou cruzes de madeira estão autorizadas para identificar a última morada dos “filhos da terra”.

O tapete de relva sintética, onde as coroas flores sobressaem, deixa adivinhar a precisão com que foi medido cada coval. O projeto, assumido como pioneiro por Artur Santos, presidente da Junta, vai contudo mais longe. Tendo em conta o terreno argiloso e “encharcado” que caracteriza a geologia da freguesia, em cada inumação são colocados apenas 50 centímetros de terra sobre o caixão antes de ser colocada a placa com relva.

Segundo Artur Santos, a medida pretende garantir a entrada rápida de oxigénio e facilitar a decomposição dos corpos, sem recurso a produtos químicos. Criada há cerca de um ano, esta nova área do cemitério tem merecido grande recetividade por parte dos habitantes da freguesia, de tal modo que o executivo planeia já a sua ampliação.

Para contrariar os problemas registados na zona antiga do cemitério, com campas colocadas em vários sentidos, e a saturação dos solos que dificultam a decomposição, a Junta implementou, noutra zona do novo cemitério, um conceito que obriga a que todas as campas tenham as mesmas dimensões. Para o efeito procedeu à abertura de covais com medida idêntica e livres de terra, e desenhou uma estrutura de pedra específica onde são assentes as campas depois de colocados 50 centímetros de terra.

A nova regulamentação está a ser aplicada noutros cemitérios da freguesia, nomeadamente no lugar de Igreja Velha, adianta Artur Santos ao REGIÃO DE LEIRIA, certo de que a solução adotada é mais vantajosa, tendo em conta a lotação da zona antiga do cemitério e o crescente abandono de campas.

MR

(Notícia publicada na edição de 5 de junho de 2014)


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