A resposta é: mais de uma tonelada. Será um mero pedregulho? Desengane-se. É a prova da presença romana às portas de Porto de Mós, há quase dois mil anos. Ironicamente, é um monumento pagão mas que agora está junto a uma capela católica.
Além do mais, é uma peça que se acrescenta ao património concelhio que poderá vir a morar no Museu de Porto de Mós, na antiga central termoelétrica.
Foi no âmbito desse levantamento, atualmente em curso, que o monumento foi identificado por António Menezes Teixeira, historiador e arqueólogo. Trata-se, explica, de um “magnífico Monumento Funerário Romano do Alto Império”.
Seria proveniente de uma necrópole de uma “Villae” romana, existente na zona entre Carvalhal, Ribeira de Baixo, Fonte do Oleiro e Porto de Mós.
As inscrições, ainda que ténues, permitem perceber que se trata de um monumento funerário de uma mulher, “consagrado aos Deuses”.
Contudo, apesar do seu caráter pagão, mora junto de uma capela, em Fonte do Oleiro, perto da vila de Porto de Mós. “Diz a tradição que antigamente existia até uma Capela a Santo Estêvão”, explica António Menezes Teixeira.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>E foi “junto da Capelinha de Santo Estêvão recentemente aí construída para perpetuar a tradição” que este bloco de calcário, que pesa mais de uma tonelada, foi agora identificado. Mas já foi encontrado nos anos 20 do século passado, “quando se preparava um terreno para plantio de uma vinha”. Atualmente é “uma espécie de objeto de culto” e de dedicação pelas gentes do lugar.
De acordo com este especialista, o monumento será da primeira metade do século II. Uma prova da influência romana no concelho.
CSA
(Notícia publicada na edição de 7 de agosto de 2014)