O padre Joaquim Carreira, natural de Souto de Cima, freguesia de Caranguejeira, será o quarto português a integrar a lista do Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém.
Nesta lista figuram também Aristides de Sousa Mendes, cônsul que em Bordéus atribuiu vistos a mais de dez mil judeus em fuga; Carlos Sampayo Garrido, embaixador em Budapeste que deu documentos portugueses a centenas de judeus e os acolheu; e José Brito Mendes, operário português com dupla nacionalidade que salvou uma menina judia em França.
Distinguido “Justo entre as Nações” por salvar judeus durante a ocupação nazi de Roma, Joaquim Carreira era reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana à data dos acontecimentos, entre setembro de 1943 e julho de 1944, noticiou o jornal “Público”, na passada semana.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>O “Público” refere que a decisão de atribuir ao português o título de “Justo entre as Nações” foi tomada em setembro mas só agora foi divulgada e noticiada pelo jornalista António Marujo, especialista em Vaticano, no blogue Religionline. “Aliás, foi uma investigação de António Marujo, publicada na revista 2, em dezembro de 2012, que permitiu ao Yad Vashem iniciar o processo de designação”, acrescenta a notícia.
Nascido em 1908, o padre Carreira morreu a 7 de dezembro de 1981 na casa Madonna di Fatima, em Roma, cidade onde chegou com 31 anos.