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Marinha Grande

Marcelo Rebelo de Sousa visita Vieira de Leiria um mês depois dos fogos

Presidente da República admitiu ter ficado “surpreendido” com o que viu e conversou com moradores e empresários que sofreram prejuízos.

A 15 de outubro de 2017 o sol brilhava e as temperaturas estavam elevadas. Ao início da tarde, vários focos de incêndio deflagraram na região de Leiria e acabaram por se transformar em violentos incêndios que devastaram a Mata Nacional de Leiria, atingiram habitações e empresas da região.

Passado um mês, o valor global final dos prejuízos que se registaram nos municípios de Alcobaça, Leiria, Marinha Grande, Óbidos e Pombal, ainda não está apurado mas calcula-se que atinja as dezenas de milhões de euros.

Entre as manchas florestais atingidas, o Pinhal de Leiria surge com grande destaque, pois ficou reduzido a cerca de 20% da sua extensão, e seus prolongamentos para norte (Mata Nacional do Urso, em Pombal) e para sul (orla costeira de Alcobaça).

Ontem, terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa fez uma “visita relâmpago” a Vieira de Leiria, concelho da Marinha Grande,  onde visitou algumas zonas ardidas, entre elas uma empresa e o espaço onde voluntários recolhem bens e alimentos.

Satisfeito com a determinação das pessoas em querer reerguer o que perderam, o Presidente da República adiantou que as coisas estão a “avançar rapidamente”.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou que o que aconteceu na Mata que é propriedade do Estado, “é uma lição para o futuro”. Ou seja, “quer dizer que o Estado tem de cuidar melhor da sua floresta”.

Para o Presidente da República, “no meio das tragédias há lições que se aproveitam para o futuro”.

A lição de que é preciso gerir diferente a floresta”, foi uma das apontadas por Marcelo Rebelo de Sousa, que acrescentou que viu “anunciado que o Governo está a preparar uma solução diferente” para a gestão da floresta.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que será “uma outra entidade diferente e gerida de forma diferente, uma empresa pública [criada] para essa matéria”.

Lembrou ainda que “há medidas que vão sendo aprovadas e há reparações que vão sendo feitas”.

Após a passagem pela Marinha Grande, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu ter ficado “surpreendido” com o que viu: “porque aqui a floresta rodeia a área urbana e entra pelas casas, o que significa que houve imediatamente danos e alguns irreparáveis”.

Segundo o Presidente, “é importante a forma como a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal fizeram o levantamento”, “têm dado o apoio e têm defendido aquilo que é fundamental, que é chamar a atenção para um município que foi bastante atingido”.

No final da visita, o Presidente da República desafiou o sócio-gerente da empresa de Vieira de Leiria e a sua família para um jantar em Leiria, antes do jogo da seleção nacional.

Na região Centro, os fogos de 15 e 16 de outubro na região Centro provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, nenhuma delas na região de Leiria, destruíram total ou parcialmente cerca de 800 habitações permanentes, quase 500 empresas e extensas áreas de floresta.

 

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