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Leiria

Alunos vestem papel de militares do Exército por um dia

Regimento de Artilharia nº4, em Leiria, desafiou estudantes das escolas de Leiria, Marinha Grande e Batalha a conhecer a missão do Exército e as valências existentes neste ramo das Forças Armadas (fotogaleria)

É com o içar da bandeira nacional que começa o último dia da iniciativa Marchar pela Cidadania, promovida pelo Regimento de Artilharia nº4, de Leiria, (RA 4), com o objetivo de sensibilizar os jovens que frequentam o 10º ano de escolaridade para as capacidades e contributos do Exército na defesa do Estado.

Esta sexta-feira, duas escolas de Leiria, com cerca de 180 alunos, visitaram o quartel. Organizados em grupos, os alunos experimentaram as várias atividades e foram acompanhados por militares que, em simultâneo, descreveram as regras de conduta que caracterizam os exercícios e que permitem a sobrevivência no campo de batalha.

“Cidadania não é mais do que respeitar o mesmo código de regras e valores e nós somos aqueles em que, pela natureza da nossa atuação, faz ainda mais sentido que assim seja”, explica Diogo Serrão, major de Artilharia na Secção de Operações do RA 4. “Só com um corpo de valores e de regras muito bem definido, e seguido à risca, é possível ter total confiança no camarada que está ao meu lado, se não tiver total confiança o meu desempenho fica aquém”. E exemplifica: “Imagine um cenário de guerra, estamos todos a bater o fogo pelo inimigo e eu tenho de avançar, tenho de ter total confiança de que ao meu lado param os disparos”.

No circuito montado, composto por um total de dez estações variáveis, os alunos assistem à explicação da evolução da bandeira nacional, têm a oportunidade de estar em contacto com os equipamentos utilizados pelos Comandos, Operações Especiais e Paraquedistas, bem como aceder à estação de material de duplo uso, disponibilizada à Proteção Civil em situações de calamidade pública.

“O ideal é ter a visão do que é o Exército e do que os militares fazem e para o que o fazem. As pessoas não têm a perceção de todo o trabalho que temos de executar e o tempo que temos diariamente. Quando for necessária a intervenção do Exército vamos estar lá treinados, mas para isso é preciso estar apto para o fazer”, explica o tenente-coronel Avelar, chefe da secção de Operações, Informações e Segurança do Regimento.

Francisco Marques, docente na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, considera que “é interessante os alunos terem uma perspetiva da vida militar e de algumas características que, de um modo geral, eles não seguem muito, principalmente na área da disciplina”. Contudo, considera que este tipo de iniciativas não é suficiente para a mobilização de voluntários. “Eles estão muito virados para o aspeto lúdico e, talvez com um bocadinho mais de contacto, houvesse um ou outro que se motivasse a voluntariar”.

Apesar do sentimento de diversão, Rúben Regadas, aluno da Escola Secundária Henrique Sommer (Maceira), tem noção da mensagem que se pretende transmitir. “Mostra-nos a realidade de que todos os que estão aqui, estão pela nossa pátria e a lutar por nós. E é importante vermos o trabalho que têm investido e termos essa noção”, diz.

A segunda edição da iniciativa do RA 4 recebeu, ao longo de três dias, cerca de 1.050 alunos de um total de sete escolas dos concelhos de Leiria, Marinha Grande e Batalha.

PS e DS

Texto corrigido a 23 de abril de 2018, às 13 horas


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