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Leiria

Veículos da Australis danificados após reunião sobre prospeção de gás na Bajouca

Dois veículos alugados pela empresa Australis, Oil & Gas, que pretende explorar gás em Leiria, ficaram danificados na madrugada de quarta-feira, após uma sessão de esclarecimentos com a população na freguesia de Bajouca.

O incidente ocorreu no final da sessão de esclarecimentos que juntou na terça-feira à noite cerca de 300 pessoas na sede da ABAD  Foto: Joaquim Dâmaso

Dois veículos alugados pela empresa Australis, Oil & Gas, que pretende explorar gás em Leiria, ficaram danificados na madrugada de quarta-feira, após uma reunião com a população na freguesia de Bajouca, disse à Lusa fonte da GNR.

De acordo com o comandante do Destacamento Territorial de Leiria, capitão André Gonçalves, a GNR foi chamada ao local pelas 2h40, após a sessão de esclarecimentos, que decorreu na terça-feira à noite na Associação Bajouquense para o Desenvolvimento (ABAD), na freguesia da Bajouca, localidade onde se preveem prospeções.

“Houve dois veículos que sofreram danos nos pneus. Foram colocados espigões metálicos, criados para o efeito, debaixo dos pneus. Quando os automóveis iniciaram a marcha pisaram esses espigões, que danificaram os pneus”, explicou.

Os veículos foram alugados por pessoas ligadas à empresa Australis, confirmou a mesma fonte.

O presidente da Junta de Freguesia, Pedro Pedrosa (PS), disse à Lusa que “a reunião correu muito bem”, pelo que ficou surpreendido com o acontecimento.

“Quem não concorda perde toda a razão com estas ações. Não há palavras para as classificar. Até tenho vergonha de confirmar que isso foi feito na minha freguesia. Mas quero acreditar que não terão sido pessoas da Bajouca a fazê-lo”, disse.

Contactada pela agência Lusa, a Australis preferiu não tecer qualquer comentário sobre o sucedido.

Em 2015, foram atribuídas à Australis, em Portugal, as concessões da Batalha e de Pombal, tendo a empresa investido, desde então, mais de 500.000 dólares (437.941 euros) “em trabalhos de estudo de subsolo para melhorar a compreensão das potenciais reservas de gás natural na região de Aljubarrota, bem como de outras oportunidades de prospeção”, indicou num comunicado enviado anteriormente à Lusa.

A empresa diz ainda que a “perfuração do subsolo é realizada utilizando fluidos de perfuração simples que consistem principalmente em argilas e água, que são os mesmos usados na perfuração de poços de pesquisa de água comuns”.

Lusa

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