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Salvar esta estrada romana vai implicar deixar de a usar

O troço de estrada romana em Alqueidão da Serra, que terá sido usada pelas tropas portuguesas nas vésperas da Batalha de Aljubarrota, vai ser reparado este ano. A intervenção é considerada urgente e implica mesmo que a via milenar deixe de ser usada como meio de passagem, visando evitar a sua degradação.

Tem cerca de dois mil anos e está a precisar de uma intervenção. O troço de estrada romana em Alqueidão da Serra, que terá sido usada pelas tropas portuguesas nas vésperas da Batalha de Aljubarrota, vai ser reparado este ano. A intervenção é considerada urgente e implica mesmo que a via milenar deixe de ser usada como meio de passagem, visando evitar a sua degradação.

Avançar com a limpeza, conservação e restauro da via, construída entre os séculos I a. C. e I d. C., são os planos do município de Porto de Mós. Este é um monumento “de imenso valor histórico, classificado como Imóvel de Interesse Público, que tem que ser preservado e que se encontra, atualmente, em avançado estado de degradação”, reconhece Eduardo Amaral, vereador da Cultura. A estrada romana “deve ser intervencionada e recuperada com a maior brevidade possível”, defende.

As obras deverão avançar e ficar concluídas ainda este ano, aponta Eduardo Amaral, revelando que a intervenção consiste “em trabalhos de limpeza, conservação e restauro da antiga estrada, arranjos do espaço envolvente, nomeadamente do parque de lazer e merendas”.

Está igualmente prevista a demolição “da estrutura de uma antiga pedreira, o que permitirá o aumento e melhoramento da zona adjacente”. Deverá avançar também a “colocação de material informativo e a limitação do espaço, impedindo que o mesmo seja usado como meio de passagem”, acrescenta.

Para já, a autarquia estima que estes trabalhos de recuperação da antiga via possam custar 70 mil euros. Mas este é um montante que pode crescer “caso se verifique a necessidade de contratar trabalho técnico especializado, dada a natureza histórica do local”, avança Eduardo Amaral.

Para além da preservação deste património, o autarca adianta que se pretende que seja possível aos turistas uma “visita condigna” da antiga estrada romana, e fornecer-lhes “mais informações sobre a sua histórica e o papel determinante que desempenhou no desenvolvimento da região”.

Nota: Notícia originalmente publicada na edição impressa de 24 de janeiro de 2019 

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