Feira de Leiria: Roteiro dos melhores petiscos
Este artigo tem mais de 5 anosSão 21 tasquinhas, distribuídas numa variedade que vai dos petiscos aos pratos tradicionais. Visitámos o principal evento em curso na cidade e listamos o que encontrar em cada uma delas
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Há pleno espaço para os clássicos populares, isso santo nenhum é capaz de discutir. Só este ano, meia dúzia de pontos vendem farturas, outras boas unidades debruçam-se sobre os indispensáveis cachorros e pão com chouriço, isso sem contar as roulottes que apresentam em linha tentações em forma de crepe, pipoca e até o recente bubble waffle.
Mas passadas as luzes coloridas e a movimentação dos brinquedos, é abaixo do grande título de Feira de Leiria que a espaçosa tenda da Praça da Gastronomia guarda os preparos ditos de tacho ou que apenas merecem uma confeção mais demorada.
Regra geral, o trabalho é oferecido. Voluntários revezam-se todas as noites, ao longo de 27 dias, para fazer chegar às mesas temporárias o melhor dos sabores que são capazes de reproduzir. Alguns afirmam-se na tradição: moelas, chanfana, bacalhau.
Outros, atentos à temporada, já servem pratos recheados com receitas da estação. Nenhum gosto é deixado de lado, seja para petiscar ou mesmo fazer refeições em grupos – às quintas e sextas, é comum algumas associações abrirem durante o dia, especialmente para receber esse perfil de cliente ao almoço.
No amplo espaço, generalizar, todavia, seria um erro. Isto porque cada tenda guarda seu trunfo. A Associação Melhoramentos Bem Estar Social Santa Eufémia (Ambesse), por exemplo, aproveitou a estrutura física cedida pela Câmara Municipal de Leiria, mas também trouxe reforços.
Nos bastidores, um forno funciona a todo vapor para dar conta de cada um dos pães frescos servidos nos couverts. “É a única tasquinha que tem pão cozido aqui, em forno a lenha”, orgulha-se Alexandrina Gomes que, ao lado da ajuda solidária de Céu Faria e Júlia Oliveira, ajuda a comandar as refeições que têm como estrela o naco de Barrosã servido com ananás grelhado, mas não só.
“Nas sobremesas, há o pudim. De ovos caseiros, tudo caseiro”, comenta Alexandrina ao sublinhar ainda que, tanto na secção doce como nas saladas, os ingredientes são todos oferecidos. “É muita carolice ver esta gente que não dorme de noite para pensar como que há de vir trabalhar de borla para aqui”, completa em tom de gratidão.
Já na parte que fica ao comando da Filarmónica de São Tiago de Marrazes, difícil mesmo é encontrar uma mesa sem caracóis.
Antes da dobrada de feijão branco ou ao lado de uma porção de morcela, alheira ou chouriço, são eles a estrela da cozinha. Mas se ainda assim o paladar pedir por mais, logo ao lado há favas à portuguesa com entrecosto. Confeção e preparo totalmente da responsabilidade da Tasquinha do Centro Social Paroquial de Regueira de Pontes que, pelo terceiro ano, é presença certa na feira.
Apesar dos nomes, nem todas as tasquinhas tem carácter amador. Na área da União das Freguesias de Monte Real e Carvide, o serviço tem o apoio do restaurante O Curral.
Natural, portanto, que o know-how em carnes se replique no ambiente do evento. Ali, cortes como T-bone, Tomahawk e Chuletón enchem os olhos dos visitantes antes mesmo de chegarem à boca.