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Pintura no rio Lis adensa curiosidade e recorda “artista mistério”

Desenho está numa das margens do rio Lis, junto ao parque do avião, em Leiria Fotos: Fernando Rodrigues e CSA

O desenho surgiu no início da semana e está a causar sensação. Um porco (ou uma baleia) desenhado(s) na margem esquerda do rio Lis, junto ao parque do avião, em Leiria, alerta quem passa para a necessidade de preservar a qualidade da água.

“Neste planeta tudo depende da água. Já pensaste no que vais dar aos teus filhos?”, sentenciou o misterioso autor do desenho.

Quem o fez e com que objetivo é o que falta descobrir. A imagem divulgada pelo REGIÃO DE LEIRIA na segunda-feira, nas redes sociais, foi partilhada mais de 370 vezes e recebeu para cima de um milhar de “gostos”. Entre os comentários, “parabéns ao artista” é das frases mais publicadas.

O local entrou por isso na rota de quem gosta de tirar fotografias e são muitos os leirienses que entre caminhadas e corridas aproveitam para registar o momento.

Esta não é a primeira vez que surgem em Leiria pinturas de autores desconhecidos. Em 2011, várias obras, com recurso à pintura em stencil, apareceram em diferentes localidades do concelho e da região. A primeira surgiu numa parede do cemitério de Carvide, em Leiria e mostra a imagem de uma menina com um ramo de flores na mão. Seguiu-se a estação ferroviária de Monte Real. Ali, um homem aparenta estar apressado para apanhar o comboio.

Os campos do Lis, em Amor, foram a paragem seguinte. O artista ilustrou os pilares do viaduto da A17 com dezenas de corvos, representando o voo das aves necrófagas.

A lota da Praia da Vieira também recebeu uma pintura. Uma das colunas da estrutura ficou decorada com cinco sardinhas e uma novidade. Pela primeira vez, uma frase: “Há sardinha linda!”.

Mais para sul, num fonte na Nazaré surgiram impressas duas figuras femininas com os típicos trajes locais, simulando uma ida à fonte, com cântaros à cabeça. Um cão, um pássaro e um cântaro completam o quadro.

 

Junto à Sé de Leiria está pintado um padre a beijar uma mulher, com a frase “seu nome era Amaro Vieira” a acompanhar o trabalho. Certamente que a obra “O crime do Padre Amaro” de Eça de Queirós serviu de inspiração.

Já em 2012, o “artista mistério” prestou homenagem a Ernesto Korrodi. O local escolhido foi uma parede do edifício Casa do Arco e Residencial Leiriense, construção da autoria de Korrodi, com um retrato do arquiteto, a preto e branco, e uma moldura de madeira, com arcos e pedras esculpidos.

A oitava pintura  da lista foi junto do castelo de Leiria. Fazendo sempre uso da técnica stencil e atuando sempre durante a noite, da mesma forma que o “artista mistério” aparece, desapareceu.

Será esta uma nova vaga de obras de autores desconhecidos?


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