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Nicolau Santos e António Costa falam sobre cortes na Lusa

O presidente do conselho de administração da Lusa e o primeiro-ministro falaram durante breves minutos sobre a situação financeira da agência portuguesa de notícias esta quarta-feira, 24, antes da apresentação dos resultados do primeiro concurso do “Novo Sistema de Incentivos à Inovação”, na Marinha Grande.

Presidente do conselho de administração da Lusa e o primeiro-ministro hoje na Marinha Grande Foto: Joaquim Dâmaso

O presidente do conselho de administração da Lusa e o primeiro-ministro falaram durante breves minutos sobre a situação financeira da agência portuguesa de notícias esta quarta-feira, 24, antes da apresentação dos resultados do primeiro concurso do “Novo Sistema de Incentivos à Inovação”, na Marinha Grande. A conversa entre António Costa e Nicolau Santos aconteceu após o presidente da Lusa ter afirmado, na terça-feira, que o corte de 463 mil euros no orçamento da agência é “incongruente”, por ameaçar o seu funcionamento, anunciando que não o iria cumprir, sujeitando-se às consequências. “Se não houver qualquer evolução nesta decisão, é evidente que pela primeira vez em duas décadas a Lusa não cumprirá o plano de atividades e orçamento, sujeitando-se o presidente do conselho de administração às respetivas consequências”, refere um comunicado assinado por Nicolau Santos. O plano de atividades e orçamento da agência de notícias foi aprovado na sexta-feira, 19, pelos seus acionistas, o maior dos quais o Estado (50,14%), reunidos em assembleia-geral. Após o breve diálogo com António Costa – em que argumentou contra a decisão dos acionistas – Nicolau Santos moderou a apresentação dos resultados do “Novo Sistema de Incentivos à Inovação”, com a presença dos ministros da Economia e do Planeamento, CEO do Grupo WeMold (que integra a Tecnifreza, onde decorreu a cerimónia) e o CEO do Millennium BCP. Recorde-se que o Presidente da República afirmou, na emissão especial da Renascença deste ano para assinalar os 45 anos da Revolução de Abril, que “não há jornalismo livre se a comunicação social não tiver a situação económica e financeira estável, porque uma situação instável dá instabilidade e precariedade a tudo”. “Em relação aos trabalhadores da comunicação social, é muito difícil num clima de precariedade fazer um jornalismo livre e forte”, adiantou Marcelo Rebelo de Sousa. O primeiro-ministro, António Costa, também reconheceu, em abril do ano passado, durante abertura do Festival Visão 25 Anos, que a fragilidade financeira dos órgãos de comunicação social, a limitação da dimensão das redações e “a precariedade nas relações de trabalho no jornalismo enfraquecem a qualidade da comunicação social e são uma ameaça séria a termos uma democracia bem informada”.

Carlos Ferreira
Jornalista
redacao@regiaodeleiria.pt

Joaquim Dâmaso (fotos)
Jornalista
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt

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