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Cultura

De Ourém para o mundo, Bia Maria canta amor e paixão em português

Beatriz Pereira é de Ourém e está a dar que falar e ouvir como Bia Maria, projeto que quer marcar a diferença na música portuguesa. Este ano subiu a um palco do NOS Alive.

Beatriz Pereira, 21 anos, começou a estudar música na Orquestra da Sopros de Ourém. Agora lança-se como Bia Maria Foto: Chinfrim Discos

Despertar sentimentos no público e trazer memórias de volta é o que Beatriz Pereira deseja de cada vez que sobe ao palco para cantar. “O importante é que sintam alguma coisa”, diz ao REGIÃO DE LEIRIA a jovem natural de Gondemaria, em Ourém.

Bia Maria é o nome do projeto que cresceu inesperadamente no último ano. “Perguntam-me sempre se sonhava com isto, mas não, eu comecei a escrever canções como uma forma de expressão”, explica a artista de 21 anos.

Foi através de partilhas nas redes sociais que tudo começou a ganhar força. “Percebi que as pessoas ficavam felizes a ouvir-me”.

A partir desse feedback surgiu a necessidade de encontrar uma produtora e avançar para a gravação de um EP. Os responsáveis por isso são Bernardo Ramos, Guilherme Simões e Rodrigo Domingues, fundadores da Chinfrim Discos. São três colegas de faculdade com um desejo em comum: criar uma produtora independente.

Com ajuda da Chinfrim Discos, Bia Maria começou a gravar em setembro do ano passado. Em julho surgiu o videoclipe do primeiro single – “José”.

Depois dos concertos do verão, que por estes dias se espraiam pelo país, a equipa, voltará a focar-se em finalizar o EP. Bia Maria tocou em casa, no Ourearte Music Fest, e pisou o palco Coreto By Arruada do NOS Alive‘19, a 12 de julho – a grande surpresa deste ano.

“Partilhei um cover da Cristina Branco, que começou a seguir-me nas redes sociais, e o agente dela também. Em janeiro ele fez-me o convite”. Através de Pedro Trigueiro, agente de Cristina Branco e elemento da produtora Arruada, Bia Maria chegou assim a um grande festival.

Além dos concertos, Bia Maria gravou para o projeto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria e faz parte da lista de artistas do CD Novos Talentos Fnac 2019, com o tema “Dissabor”.

Ao lado de Beatriz Pereira, está Daniela Antunes na percussão e André Mendes na guitarra, antigos colegas no ensino básico e secundário. Diogo Aléxis juntou-se no contrabaixo.

Quanto ao estilo musical, Beatriz garante que já há um “estilo Bia Maria”. No EP haverá bossa nova, música tradicional portuguesa, pop alternativo e ainda música eletrónica. As letras – sempre em português – falam “maioritariamente sobre amor e paixão”, mas também contam “histórias engraçadas”.

Olhando para o futuro, a artista não faz grandes planos mas admite que o projeto ganhou importância. “Estou a gostar muito e a ideia é continuar”. Mas não alimenta ilusões. “Se a certa altura não fizer mais sentido, eu compreendo isso”.

Por enquanto, promete novidades “originais e criativas” para breve. “Na Chinfrim dizem que se não for para fazer uma coisa mesmo boa, não vale a pena fazer”.

Música é paixão de infância

Aos nove anos, Beatriz Pereira já sabia que queria estudar música. Começou na Orquestra de Sopros de Ourém, onde tocava trompete. Com a entrada no 5º ano, optou por seguir o ensino articulado em música na Ourearte. Foi no oitavo ano que “ficou cravada a ideia” de prosseguir uma carreira musical.

No final do 12º ano deixou Ourém e partiu para Lisboa, onde está a completar o último ano do curso de Formação Musical na Escola Superior de Música de Lisboa.

Um dia destes, quem sabe não a poderemos ver a concretizar o seu sonho: tocar num dos coliseus do país, com banda e instrumentos de sopro a acompanhá-la.

JM

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