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Cultura

First Breath After Coma junta-se à filarmónica de Mateus para festejar um “ano espetacular”

A Banda de Música de Mateus vem de Vila Real até Leiria para se juntar aos First Breath After Coma no primeiro de dois concertos especiais que fecham 2019 e abrem 2020.

Uma banda filarmónica com mais de dois séculos e um dos mais sólidos valores da nova música nacional têm encontro marcado na despedida de 2019 (e também na chegada de 2020). Banda de Música de Mateus (BMM) e First Breath After Coma (FBAC) juntam-se em palco este sábado, 28 de dezembro, em Leiria, no José Lúcio da Silva; a 4 de janeiro é a vez de Vila Real os ouvir no Teatro Municipal.

Na verdade, trata-se de um reencontro: estes concertos são continuidade do encontro feliz no fim da primavera de 2018, quando abriram, em conjunto, o festival Rock Nordeste, de Vila Real. É essa ligação que volta a dar frutos.

“Correu muito bem. Quem lá esteve adorou”, recorda ao REGIÃO DE LEIRIA Roberto Caetano, dos FBAC. Altino Alves, presidente da BMM, classifica de “magnífica” a experiência em 2018:

“Não nos conhecíamos e a coisa funcionou lindamente”.

Tudo começou numa “conversa de café”, lembra o maestro Carlos Pinto Pereira. E acabou por redundar numa “experiência muito positiva”. Quando, agora, surgiu a possibilidade de repetir, não hesitaram.

Hoje, sábado,  acontece a primeira parte do reencontro, com alinhamento composto pelos três discos dos FBAC, apresentados com arranjos do maestro Carlos Pinto Pereira.

No fim de semana passado, as bandas ensaiaram em Vila Real. Roberto Caetano conta que, por exemplo, quando tocaram “Change” – um dos singles de “NU” – ficaram surpreendidos.

“Já era uma música forte, mas ficou ainda mais. Não estávamos à espera, ficámos arrepiados… Vai correr muito bem”, antecipa, sobre a noite de hoje.

Os FBAC, sublinha o músico, têm procurado sempre experiências diferentes e encontraram na BMM o parceiro ideal para fazer algo com que sonhavam.

“São uma banda ambiciosa, que encaixa na nossa mentalidade”, conta Roberto Caetano. Mesmo não sendo “a orquestra com os melhores músicos do mundo”, é “muito jovem e arrisca – e este projeto também é isso: alargar horizontes às bandas filarmónicas que muitas vezes só tocam nos arraiais e procissões”.

Roberto não descarta, contudo, colaborações com filarmónicas do concelho. “Eles é que vieram ter connosco”, explica a propósito da colaboração com a formação de Vila Real.

Na BMM, os concertos com os FBAC são esperados com entusiasmo. “Está tudo ansioso por sábado”, reconhecia o maestro no início da semana. Os 65 músicos, dos 10 aos 40 anos, desejam “sentar-se em palco e sentir a envolvência do espetáculo”.

O presidente da banda diz que todos estão “muito motivados” porque abraçaram a ideia com “muito querer e carinho”, reforça Altino Alves.

Para os FBAC, é uma forma especial de fechar um ano em que lançaram o disco-filme “NU” e apresentaram-no em 70 espetáculos em Portugal e no estrangeiro, além de terem tocado durante 24 horas sem parar no festival A Porta, de terem criado concertos conceptuais com noiserv e Whales e de abrirem o espetáculo do projeto dinamarquês Efterklang.

Roberto Caetano não tem dúvidas: “Foi um ano espetacular”.

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