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Leiria

Centro de Apoio à Família nasce no Seminário Diocesano de Leiria

Três casais de divorciados que cumpriram o “itinerário de discernimento” proposto pelo Centro de Apoio à Família já podem aceder aos sacramentos da eucaristia e da confissão.

Assente no trabalho voluntário, o recém-criado Centro de Apoio à Família (CAF) funciona no Seminário Diocesano de Leiria com um corpo de 21 pessoas, que vão procurar dar apoio psicológico, à parentalidade, social, jurídico e médico, além de acompanhamento espiritual às famílias ou pessoas que o procurem.

O novo serviço é dirigida pelo padre José Augusto Rodrigues, reitor do Seminário de Leiria, e surge das orientações deixadas pelo papa Francisco na Exortação Apostólica “A Alegria do Amor”, que em 2016 referia a necessidade de criar nas dioceses “centros de escuta especializada” que sirvam de apoio às famílias “feridas pela dor, seja ela de que tipo for”, recordou sexta-feira, na apresentação do CAF, o bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

“Que ninguém se sinta excluído”, desejou o o cardeal António Marto, acrescentando que o CAF será um promotor de uma “pastoral de acompanhamento, discernimento e integração” na vida da Igreja. “As famílias com problemas não se sintam excluídas das comunidades cristãs, que têm de ser um seio de acolhimento”, sublinhou.

Entre os destinatários deste novo serviço estão os divorciados a viverem já uma nova relação e que pretendam aceder aos sacramentos da reconciliação (confissão) e da eucaristia.

Para estes casos é proposto um “itinerário de discernimento”, que pode durar meses – nunca menos de seis -, até que os participantes se sintam prontos a assumir um papel mais ativo na vivência da fé e o peçam, por escrito, ao bispo diocesano.

Segundo o cardeal António Marto, três casais de divorciados já cumpriram este passo na diocese e outros três estão atualmente a fazer esse percurso.

O bispo de Leiria-Fátima, sobre este tema, publicou em maio de 2018 uma nota pastoral: “O Senhor está perto de quem tem o coração ferido”.

No documento, considerava que “a complexa situação dos fiéis divorciados em nova união e a sua integração na vida da comunidade cristã exigem acolhimento com misericórdia”, exortando “as comunidades cristãs a serem abertas a um verdadeiro acolhimento, dispostas a prestar atenção às situações difíceis, pacientes em propor caminhos de discernimento, generosas em favorecer possibilidades e lugares de integração”.

“Organizar um serviço especializado no apoio aos casais em crise, formado por técnicos de competências e áreas diversas, tanto do foro civil como eclesial; oferecer acompanhamento oportuno às famílias em situação de fragilidade com propostas e apoios adequados às suas situações; e auxiliar a pessoa divorciada a viver em nova união ou o casal que deseja fazer o itinerário espiritual de acompanhamento e discernimento para maior integração eclesial”, são algumas das competências do CAF.

Lusa


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