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Ministra da Cultura garante acesso sem restrições à igreja do Mosteiro de Alcobaça

Obras de requalificação no monumento, classificado pela UNESCO, determinaram a alteração no circuito de visita, mas ministra da Cultura garante que a igreja continuará acessível.

Primeira fase das obras de requalificação do Mosteiro vão reorganizar a receção do Mosteiro Foto: Joaquim Dâmaso

A entrada na igreja do Mosteiro de Alcobaça não sofrerá restrições apesar das obras no monumento, garantiu a ministra da Cultura, Graça Fonseca, em resposta a uma moção exigindo o acesso universal àquele património.

O compromisso da governante foi hoje, segunda-feira, divulgado pelo presidente da concelhia socialista de Alcobaça, Rui Alexandre, primeiro subscritor de uma moção a que Graça Fonseca respondeu com a garantia de que “a porta da igreja do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça não encerrou nem está previsto que encerre, não estando em causa qualquer restrição de acesso”.

A moção, aprovada por maioria numa assembleia intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), recusava que a porta da igreja fosse “fechada” ou que se mantivesse “aberta com entrada restrita e controlada por funcionários ou seguranças”, o que representaria uma “violação do princípio da igualdade”.

A eventual restrição tinha por base as obras de requalificação do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, iniciadas no segundo semestre de 2019, e que resultaram na alteração do circuito de visita do monumento, deixando os visitantes de entrar pela igreja, como era prática há vários anos.

Citada num comunicado emitido pelo PS local, a ministra esclareceu não estar em causa “qualquer restrição de acesso à igreja nem tão-pouco qualquer violação do princípio da igualdade”.

Ao invés, refere o comunicado, “será implementado um novo circuito de visita, tendo em vista melhorar as condições de fruição do monumento”, sem implicar o encerramento da porta da igreja.

A mesma posição tinha já sido expressa pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC), em junho de 2019, aquando do anúncio da intervenção orçada em cerca de um milhão de euros.

A obra divide-se em duas fases, a primeira das quais tem o valor de 320 mil euros e vai possibilitar a reorganização da receção do mosteiro, retirando da igreja “um balcão destinado à venda de ingressos e posto de loja”, explicou a DGPC.

Quando concluída a intervenção, a entrada dos visitantes no monumento passará a ser feita pela antiga portaria do mosteiro, no antigo Palácio das Hospedarias, com a designação de Ala Norte.

A obra contemplará também a transferência da loja, atualmente instalada no antigo Parlatório, para a Sala das Conclusões, com acesso direto para a fachada principal, onde o visitante finalizará a visita.

A segunda fase da obra incidirá na conservação e restauro das fachadas oeste e norte do mosteiro, estimada em 700 mil euros.

As obras integraram-se numa candidatura conjunta do Convento de Cristo, Mosteiro da Batalha e Mosteiro de Alcobaça ao Programa Operacional do Centro Portugal 2020 – Operação Património Cultural da UNESCO.

Lusa

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