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Covid-19

Covid-19: Portugal entrou “numa fase de crescimento exponencial da epidemia”

Marta Temido, ministra da Saúde, apelou esta tarde à colaboração de todos na restrição do contacto social de modo a desacelerar a propagação da doença.

“Entrámos numa fase de crescimento exponencial da epidemia”, disse esta tarde a ministra da Saúde, ao iniciar a conferência de imprensa diária sobre a situação do país relativamente à Covid-19.

“Temos neste momento 169 casos confirmados no nosso país, maioritariamente concentrados na Administração Regional de Saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. Aquilo que hoje queremos transmitir é que entrámos (…) numa fase de crescimento exponencial da epidemia, alinhada naquilo que estão a enfrentar neste momento outros países europeus”, disse Marta Temido.

A responsável afirmou que “daqui por alguns dias” será possível ter reflexos das medidas que estão a ser implementadas em termos de restrição do contacto social, sublinhando que “para isso é muito importante que todos colaborem nessas medidas”.

“Estamos num momento de contenção e de apelo a que o isolamento social seja mantido e isso é mesmo uma prática que deve ser levada a sério”, frisou a ministra da Saúde, apelando ao “civismo” também dos espaços que têm de ser encerrados, lembrando que “há um quadro legal” para esse efeito.

Segundo Marta Temido, o Ministério e as autoridades e profissionais de saúde estão a trabalhar no sentido de “redesenho daquilo que são os fluxos de tratamento”.

“Estamos a passar de uma fase de tratamento em hospitais de referência em que todos os casos são internados, ou maioritariamente, para uma fase que, com o aumento de número de casos, será passada para a fase de tratamento em casa, em ambulatório”, explicou Marta Temido.

Em caso de sintomas moderados, a pessoa será encaminhada para casa, enquanto quando os sintomas forem graves, para o hospital, acrescentou.

A ministra disse ainda que vai avançar-se para uma fase em que “todos os hospitais têm de receber doentes com Covid-19” e que os cuidados de saúde primários “vão apoiar no tratamento dos doentes”.

Esta nova fase deverá estar no terreno no início da próxima semana, disse a ministra.

Vírus já matou 5.764 pessoas
e ultrapassou os 150.000 infetados

O novo coronavírus matou pelo menos 5.764 pessoas em todo o mundo desde o seu surgimento em dezembro, de acordo com uma avaliação da AFP às 17 horas de hoje a partir de fontes oficiais.

Mais de 151.767 casos de infeção foram registados em 137 países e territórios desde o início da epidemia, que se tornou, entretanto, numa pandemia.

Este número de casos diagnosticados, no entanto, reflete a realidade apenas de maneira imperfeita, pois os países têm políticas e critérios de contabilidade mais ou menos restritivos, alerta a AFP.

Desde a contagem de sexta-feira às 17 horas, ocorreram 417 novas mortes e 11.047 novos casos em todo o mundo.

Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são a Itália, com 175 novas mortes, o Irão (97) e a Espanha (63).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, registou um total de 80.824 casos, incluindo 3.189 mortes e 65.541 curas.

Na China, foram anunciados 11 novos casos e 13 novas mortes entre sexta-feira e hoje.

Em outras partes do mundo houve um total de 2.575 mortes (404 novas) até às 17 horas de hoje.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 1.441 mortes e 21.157 casos, o Irão, com 611 mortes (12.729 casos), Espanha com 183 mortes (5.753 casos) e a França, com 79 mortes (3.661 casos).

Desde as 17 horas de sexta-feira, o Equador e a Dinamarca anunciaram as primeiras mortes relacionadas com a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

Kosovo, Mauritânia, Uruguai, Suriname, Guatemala, Antígua e Barbuda, Namíbia, Suazilândia, Porto Rico, Ruanda, Guiné Equatorial e Guiné Conacri anunciaram os primeiros casos confirmados.

A Ásia totalizava hoje 91.480 casos (3.303 mortes), a Europa 42.828 casos (1.771 mortes), o Médio Oriente 13.950 casos (623 mortes), Estados Unidos e Canadá em conjunto 2.600 casos (52 mortes), a América Latina e Caribe 418 casos (cinco mortes), África 247 casos (sete mortes) e a Oceânia 244 casos (três mortes).

Esta avaliação foi realizada usando dados coletados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados e registou o maior aumento num dia (57), ao passar de 112 para 169 casos, dos quais 114 estão internados.

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