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Cultura

Nazaré adquire 38 réplicas de barcos tradicionais

Os barcos e as artes de pesca faziam parte do espólio da Casa-Museu Manuel Limpinho e vão ser expostos no Centro Cultural da Nazaré.

barco típico da Nazaré

A câmara da Nazaré adquiriu 38 réplicas de barcos tradicionais, típicos daquela vila, num investimento próximo dos 12 mil euros que visa preservar a memória das tradições da comunidade piscatória, disse hoje o vice-presidente da autarquia.

As 38 embarcações são “réplicas exatas dos antigos barcos usados na pesca que o executivo entendeu que deveriam ser adquiridos para integrar o acervo municipal”, disse à agência Lusa Manuel Sequeira (PS).

Os barcos e as artes de pesca faziam parte do espólio da Casa-Museu Manuel Limpinho, um espaço museológico familiar “com cerca de 100 peças”, das quais a autarquia selecionou “aquelas que considerou estarem em condições de contribuir para a preservação da memória e identidade coletiva”, acrescentou o autarca.

As peças são da autoria de Augusto Sabino, um construtor naval local já falecido, e foram adquiridas no âmbito de uma proposta de aquisição, aprovada por unanimidade pelo executivo camarário na reunião de câmara de 21 de fevereiro.

A coleção foi comprada por 11.975 euros e, depois de restaurada, vai ser colocada em exposição no Centro Cultural da Nazaré, onde se manterá até ser transferida total ou parcialmente para o Museu Dr. Joaquim Manso.

O museu, localizado no Sítio da Nazaré, junto ao Promontório, está desde 2016 encerrado aos fins de semana devido ao estado de degradação do edifício.

A autarquia e a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) consideram não ter condições estruturais para receber grandes afluxos de público.

A intervenção de reabilitação do museu, orçada em 750 mil euros, “está em fase de apresentação de candidatura” [ao programa comunitário “Call 1 – Desenvolvimento Local através da Salvaguarda e Revitalização de Património Cultural Costeiro], estimando o vice-presidente que “a obra esteja concluída dentro de um ano”.

O Museu Etnográfico e Etnológico Dr. Joaquim Manso abriu ao público em 1976 na antiga casa de férias do escritor e jornalista fundador do Diário de Lisboa, doada ao Estado em 1968 para esse fim, pelo benemérito nazareno Amadeu Gaudêncio.

O protocolo firmado entre a autarquia e a DGCC prevê ainda que, após a conclusão da obra, sejam desenvolvidos esforços para a classificação do museu e que a gestão do edifício, espólio e funcionário passe a ser feita pela câmara.

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