Após 12 anos em Espanha, Ricardo “Kiko” Biel decidiu regressar a Portugal. Lá fora trabalhara na Fox International Channels e, há dois anos, estabeleceu-se por conta própria como produtor executivo em Lisboa. Contudo, dois meses depois, a pandemia transformou o que seria um salto em frente num valente trambolhão. A empresa na capital ficou para trás e agora a vida refaz-se em Leiria – de onde saiu aos 17 anos -, longe da agitação de Madrid e da luz de Lisboa. É no bucólico Freixial, no Arrabal, que faz também renascer Lazyman, projeto indie folk criado em Espanha há quase uma década, dedicado ao prazer das canções intimistas em regime acústico.
Este fim de semana, Lazyman dá a conhecer em dois concertos em Leiria, n’“O Nariz”, uma nova face. A curiosidade é grande: a primeira data esgotou em 24 horas, a segunda em menos de meio dia. “É gratificante: ou há pessoas que gostam da minha música ou ainda há pessoas que gostam de mim! [risos]”, conta o músico, em processo de readaptação à cidade onde nasceu.
“Está a ser estranho: não sei se a falta de dinâmica que noto é da cidade ser assim ou se é por não ter recuperado a 100% da pandemia”. Mas, enquanto procura a reintegração e se esforça por libertar o “Paulo Futre” que há em si – herança da dúzia de anos a falar castelhano -, está “a saber muito bem” reencontrar-se com amigos e reativar
relações.
Há energia e caras novas no regresso de Lazyman a casa
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Num dia e meio esgotaram os bilhetes para os dois concertos do projeto de Ricardo “Kiko” Biel, que está de volta a Leiria. N’“O Nariz”, este fim de semana festeja-se o retorno do compositor pródigo em música feita por e para amigos.
