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Batalha

Investigadora da Batalha vence ELTon Award atribuído pelo British Council

Prémio é concedido anualmente pelo British Council, em reconhecimento pela inovação no ensino da língua inglesa

Sandie Mourão é investigadora da Universidade Nova (Lisboa), mora em Rio Seco, na Batalha, e acaba de arrecadar um ELTon Award, prémio concedido anualmente pelo British Council, em reconhecimento pela inovação no ensino da língua inglesa.

É natural do País de Gales mas é no nosso país que reside e trabalha, desde 1987.

Na edição deste ano, o livro ‘Teaching English to Pre-primary Children” – O ensino de inglês às crianças da pré-escolar -, valeu a distinção com o prémio ELTon Award for Innovation in Teacher Resources, atribuído ontem, dia 15.

No discurso de aceitação do prémio, que Sandie Mourão partilhou nas redes sociais, a investigadora sublinha a oportunidade da distinção, uma vez que “reconhece a importância” desta fase inicial de desenvolvimento na vida das crianças.

O livro, “Teaching English to Pre-Primary Children”, editado em 2020 pela Delta Publishing, é da autoria de Sandie Mourão e de Gail Ellis.

O manual é “essencial para adultos envolvidos na educação pré-primária das crianças que não frequentam a escola formal e que podem ainda não saber ler nem escrever”, explica a nota referente à atribuição da distinção, publicada no site dos ELTon Awards.

“Finalmente, uma discussão séria sobre a complexidade do pré-escolar e a necessidade de formadores altamente habilitados”, refere uma nota do júri, referindo-se a este trabalho.

Esta investigadora natural do norte do País de Gales, conta já com vários livros publicados e tem vindo a desenvolver uma carreira de investigação na área da educação, incluindo a formação de professores de inglês em Portugal e noutros pontos do mundo.

Atualmente, Sandie Mourão desenvolve trabalho de investigação CETAPS – Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, da Universidade Nova, incidindo no ensino do inglês em Portugal, com especial enfoque na literatura infantil e na promoção da interculturalidade .

Livro escrito ao longo de 17 anos

Ao REGIÃO DE LEIRIA, Sandie Mourão confessa a sua satisfação pela distinção, contando que este livro demorou 17 anos a ser escrito. “Acompanhou o meu desenvolvimento enquanto professora, formadora de professores e investigadora, é mais rico do que teria sido em 2003”, refere.

A complexidade do ensino do inglês, com “alunos” em tenra idade, é acrescida. A preocupação do livro passa por deixar claro que “ensinar as crianças mais novas que ainda não estão numa escola formal, é contribuir para a educação delas e não só desenvolver a língua”.

Por vezes, reconhece, a tarefa é desempenhada por professores que conhecem a língua mas a quem faltam algumas ferramentas para lidar com este contexto e, nesses casos, “por vezes corre mal”.

Reconhecendo que havia finalistas para o prémio que abordavam questões muito pertinentes, Sandie Mourão admite: “nunca pensei que tivéssemos possibilidade de ganhar”. Estava enganada. “Eles [o júri] perceberam a importância deste livro” que, refere, “é um contributo para melhorar as condições de ensino de inglês no pré-escolar”.   

Constituído por três partes, incluindo teoria, prática e atividades de desenvolvimento profissional dos docentes, o livro destina-se à formação de educadores.

“O feedback de professores e formadores tem sido excelente”, reconhece a investigadora.

Notícia atualizada às 13h05 com declarações da investigadora premiada.

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