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Batalha

Imagem secular da Senhora do Fetal objeto de restauro e estudo científico

Estudo surge no âmbito dos trabalhos de restauro e conservação da imagem de Nossa Senhora do Fetal, promovidos pela Comissão da Fábrica da Igreja da paróquia.

Joaquim Dâmaso

A imagem de Nossa Senhora do Fetal, do Reguengo do Fetal, no concelho da Batalha, está a ser cientificamente estudada para “aprofundar o conhecimento desta obra”, cuja data de origem se desconhece, embora o culto seja referenciado desde o século XV.

“O estudo terá como principal objetivo aprofundar, um pouco mais, o conhecimento desta obra (nunca antes realizado) através de métodos de exame e análise, que também irão auxiliar no tratamento da peça e na valorização perante a comunidade científica”, indica a informação disponibilizada na página da diocese de Leiria-Fátima na internet, acrescentando que a análise está a cargo de Vanessa Henriques Antunes, investigadora da Universidade de Lisboa.

O projeto prevê “a análise estratigráfica, e será utilizada a espetroscopia de Raman. No final será escrito um artigo científico internacional que compilará o estudo e a intervenção desta escultura”, tendo para o efeito sido recolhidas amostras da tinta da imagem.

Este estudo surge no âmbito dos trabalhos de restauro e conservação da imagem de Nossa Senhora do Fetal, promovidos pela Comissão da Fábrica da Igreja da paróquia da Nossa Senhora dos Remédios, do Reguengo do Fetal.

A imagem” é muito antiga não sendo possível determinar, com rigor, em que ano foi mandada executar”, refere a nota divulgada no site da diocese, acrescentando que a escultura “é de pedra branca, com pintura policromada, está sentada com o Menino sobre o joelho esquerdo, tendo a altura de 38 centímetros”.

O padre natural do Reguengo do Fetal, Jacinto dos Reis, no livro “Invocações de Nossa Senhora”, escreve que “o culto da Senhora do Fetal vem de tempos imemoriais, existe referência que El-Rei D. Duarte (1433-1438) confirmou um privilégio que a confraria já tinha há muitos anos. A documentação existente indica que por volta do ano de 1680 a imagem foi a encarnar de novo (pintura do ícone), trabalho realizado por um religioso Arrábido. Este trabalho, foi mandado executar por Dom Frei José de Lencastre, Bispo de Leiria, de 1681 a 1694”.

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