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Fátima

SPEAK abre grupo de línguas para pessoas refugiadas em Fátima

Além dos refugiados também os migrantes de diferentes nacionalidades a residir em Fátima vão poder aprender a língua portuguesa

Os refugiados afegãos que se encontram em Fátima vão ter aulas de Português. O processo está a ser liderado pelo SPEAK, uma start-up de impacto social, em resposta a um “pedido específico”, revela Beatriz Isaac, responsável pelo Departamento de Marketing.

Esse pedido veio do parceiro e entidade de acolhimento dos cidadãos no nosso país, o JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados de Fátima, confirma Beatriz Isaac.

Nesta fase inicial, “a expectativa será criar grupos para 51 pessoas refugiadas que necessitam da solução do SPEAK para a sua integração na cidade – sendo possível a abertura de mais grupos caso haja mais pessoas refugiadas interessadas”, esclarece a responsável.

Além dos refugiados também os migrantes de diferentes nacionalidades a residir em Fátima vão poder aprender a língua portuguesa ou partilhar com outros os seus conhecimentos sobre a sua língua-mãe como docentes (buddies). Também a pessoas da comunidade local que tenha interesse em aprender outras línguas, sendo que a formação é gratuita.

Para a inscrição podem fazê-lo através do website ou da app, na opção, grupos de línguas online.

Nesta fase inicial, e sem centro em Fátima, isto é, Fátima não é uma “cidade SPEAK”, a empresa social está “à procura de pessoas que possam criar um grupo e possam ajudar” a dinamizar em Fátima este apoio.

Podem ser pessoas ou organizações de âmbito social ou a própria autarquia que queira liderar este projecto que promove a aprendizagem da língua portuguesa e a integração na comunidade.

Ainda “não temos previsão” do início das aulas explica a responsável pelo Departamento de Marketing, mas “esperamos que possam começar em breve”.

Até lá, importa também encontrar um local para as sessões que acontecem 2 vezes por semana (90 min), de segunda a sexta-feira durante 6 semanas. Baseiam-se numa “metodologia informal” e através desta é criada uma “rede de suporte” aos novos residentes, afirma Beatriz Isaac.

Os grupos são de 7 participantes, sendo que, não há número limite de participantes. Os grupos serão posteriormente organizados, em função do número dos inscritos e do nível da língua (do básico ao conversacional).

O SPEAK, criado em 2014, está presente em 12 países, de Londres ao Bangladesh, da Ucrânia à Nigéria, sendo que em Portugal, encontra-se em 10 cidades. Leiria é uma delas.

Recorde-se que os refugiados afegãos residem Fátima desde novembro de 2021. 120 cidadãos que chegaram no dia 16, foram “temporariamente alojados em Fátima, tendo-se juntado a eles 50 familiares, que tinham chegado anteriormente”, adiantou o ACIM.

O JRS Portugal – Serviço Jesuíta aos Refugiados continua à procura senhorios dispostos a arrendar casa à comunidade afegã, com rendas acessíveis.

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