O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) vai disponibilizar apoio emocional aos profissionais de saúde ucranianos e aos filhos, bem como a crianças, adolescentes e adultos da comunidade ucraniana, na sequência do atual conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, com o objetivo de promover e proteger a saúde mental.
O apoio será prestado pelos profissionais especialistas dos serviços de Psiquiatria da Infância e da Adolescência e de Saúde Mental do CHL, explica a unidade de saúde em comunicado.
Segundo Graça Milheiro, diretora do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, esta iniciativa “quer ser mais um braço a abraçar a comunidade ucraniana da região”, estando o hospital disponível para “apoiar em dúvidas ou situações que preocupem crianças e jovens desta comunidade”.
Graça Milheiro frisa ainda que a situação atual que se vive na Ucrânia “não tem precedentes e coloca-nos desafios de várias ordens, dadas as consequências que as inevitáveis reorganizações sociais e familiares inerentes podem ter nas crianças e adolescentes”.
A mesma opinião é partilhada por Cláudio Laureano, diretor do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do CHL, que explica que o hospital está focado em “dar uma resposta rápida às pessoas que estão em sofrimento”, de forma a “diminuir o impacto traumático desta situação surreal”.
Cláudio Laureano adianta que o apoio está acessível em todos as unidades de saúde do CHL: nos hospitais de Santo André, Bernardino Lopes de Oliveira (Alcobaça) e no Hospital Distrital de Pombal.
A Unidade de Psiquiatria Comunitária está também pronta para intervir sempre que necessário, acrescenta.
Qualquer cidadão ou profissional de saúde ucraniano que “sinta que a saúde mental dos seus filhos possa estar a ser afetada” pelo conflito atual, pode entrar em contacto com o hospital de Leiria através do email pedopsiquiatria@chleiria.min-saude.pt.
Já a população adulta daquela nacionalidade, pode requerer apoio emocional através do seguinte email: sec.Psiquiatria@chleiria.min-saude.pt.
Licínio de Carvalho, presidente do Conselho de Administração CHL, sublinha que esta é uma das formas do hospital “ser solidário, tendo em conta o enquadramento europeu particularmente difícil, volátil e com múltiplas consequências, em particular, as mais nefastas para as vidas de tantas vítimas”.
