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Leiria

Comissão de Trabalhadores da CGD considera ilegal encerramento do balcão no Barracão

Fim da operação no Barracão representa “uma desagradável surpresa para o tecido empresarial da região e para as suas populações”. Presidente da União das Freguesias incrédulo com a decisão.

Agência encerrou no dia 25 de março ARTUR SANTOS

O encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos no Barracão, em Leiria, é considerada uma decisão “abrupta e não ponderada” pela Comissão de Trabalhadores (CT), que considera o fecho ilegal.

“É ilegal uma vez que qualquer encerramento tem, para cumprimento da Lei, ao abrigo da informação e consulta, de solicitar à Comissão de Trabalhadores da CGD um parecer prévio, que é obrigatório e, para elaboração desse parecer fundamentar critérios e motivos para o encerramento, o que não foi feito pela Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos”, defende a CT em comunicado emitido ontem, 25 de março.

Os representantes dos trabalhadores sublinham que o encerramento acontecem “sem a legitimidade de nenhum plano aprovado pelo Governo e apenas por decisão da administração em funções” e alertam para a consequente “perda de competitividade da CGD perante concorrentes do sector bancário” e aumento do “défice do serviço pleno que a CGD tem de cumprir”.

Localmente, o CT diz que a decisão “representa uma desagradável surpresa para o tecido empresarial da região e para as suas populações, pela dificuldade de mobilidade que impõe e pelo vazio que cria num local de grande concentração empresarial e densidade populacional”.

No comunicado difundido, o CT da CGD diz que os trabalhadores da entidade bancária “continuam a ser fustigados por uma política de pessoal praticada pela Gestão, que não olha a meios para atingir os fins nem às consequências e efeitos no futuro do banco público”.

“Quando a CGD se vangloria de exibir a bandeira do digital, sem olhar a diferenciados segmentos de clientes, espoliados da garantia do pleno serviço, apenas por serem carentes de instrumentos funcionais de acesso ao digital ou porque apresentam défices sociais e etários, ficando assim excluídos”, critica o CT.

Segundo números divulgados ontem pelo CT, em quatro anos mais de 130 agências foram encerradas, implicando a saída de 2.200 trabalhadores.

Numa reação no Facebook, o presidente da União das Freguesias de Colmeias e Memória, da qual faz parte o Barracão, lamentou também a decisão da Caixa Geral de Depósitos.

“Lamentavelmente, hoje foi o último dia em que a agência da CGD no Barracão esteve aberta ao público. Saliento que esta agência detinha resultados operacionais positivos. Não consigo de todo compreender esta decisão”, escreveu Artur Santos, acompanhando a publicação com imagens do desmantelamento da fachada da agência.

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