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Batalha

Agricultores de Leiria preocupados com empobrecimento da atividade

Os “altos custos” dos adubos, gasóleo, sementes ou rações, são algumas das preocupações

foto de um trator agrícola a lavrar
Joaquim Dâmaso / Foto de arquivo

A União de Agricultores do Distrito de Leiria (UADL) expressou hoje preocupação com o empobrecimento da atividade e alertou de novo para os “altos custos” dos fatores de produção.

“São os agricultores a empobrecerem, a agricultura a empobrecer e a produção nacional a empobrecer. Isto é que me preocupa”, disse à agência Lusa o secretário-geral da UADL, António Ferraria.

A UADL promove hoje uma concentração de agricultores em São Mamede, concelho da Batalha, a terceira este mês no distrito de Leiria, depois de Porto de Mós e Louriçal (Pombal).

Segundo a organização, a concentração em São Mamede junta cerca de 100 pessoas.

António Ferraria justificou a iniciativa com os “altos custos” dos adubos, gasóleo, sementes ou rações, frisando que os agricultores não aguentam esta situação.

“Temos de reclamar, temos de protestar. É para isso que a nossa associação serve, para levar os problemas dos agricultores junto das autoridades”, declarou.

Do Governo, o dirigente espera “algumas medidas a favor da agricultura familiar” e não dos “grandes proprietários”, adiantando que a UADL quer ser recebida pela ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, para lembrar a governante dos problemas que a atividade atravessa.

“Os pequenos agricultores não têm condições para comercializar e vendem a preços muito baixos”, destacou, assegurando que estas concentrações vão continuar no distrito de Leiria à semelhança de iniciativas idênticas noutros locais do país.

Com “pouca esperança” de que mudem as políticas governativas, António Ferraria garantiu, contudo, que a União dos Agricultores do Distrito de Leiria vai “lutar por isso”.

O dirigente admitiu ainda que a guerra na Ucrânia agravou a situação dos agricultores, mas salientou que antes do conflito adubos ou pesticidas “já estavam caros”.

Na missiva que acompanha a concentração, a UADL refere que a situação da agricultura familiar é insustentável e pede, além do escoamento da produção, o “combate aos javalis e animais selvagens” que destroem as culturas ou “reformas de velhice em condições para os agricultores”.

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