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Sociedade

Banco Alimentar recolhe 103,7 toneladas de alimentos na região de Leiria

Apesar do aumento dos preços dos alimentos, o resultado da campanha foi “extraordinário”, destaca a presidente da Federação dos Bancos Alimentares

Campanha regressou em todo o país de modo presencial depois de dois anos de suspensão devido à pandemia BAO

Os Bancos Alimentares contra a Fome de Leiria-Fátima e do Oeste recolheram na região de Leiria 103,7 toneladas de alimentos durante o fim de semana.

Segundo dados apurados pelos dois bancos, o de Leiria-Fátima angariou 63,3 toneladas (mais 9% do que na campanha de maio de 2019) e o do Oeste 40,4 toneladas (menos 2%).

Já a nível nacional, a campanha, que envolveu cerca de 40 mil voluntários, permitiu angariar 1.695 toneladas, mais 72 do que em maio de 2019, última campanha de maio de rua antes da pandemia de Covid-19.

Segundo Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, o aumento de 4,4%, “apesar do aumento dos preços” dos alimentos no atual contexto de inflação, constitui “um resultado extraordinário”.

“Os portugueses são extraordinários. É comovente”, salientou a responsável à Lusa.

Em declarações ao REGIÃO DE LEIRIA, Isabel Jonet destaca ainda que este resultado “muito positivo” demonstra a “confiança dos portugueses no Banco Alimentar contra a Fome e nesta proposta de partilha” de compras quando vão ao supermercado.

Os alimentos agora recolhidos vão começar a ser distribuídos esta semana, contribuindo para ajudar a suprir as necessidades alimentares de cerca de 400 mil pessoas, apoiadas por 2.600 instituições, quer através de cabazes de alimentos, quer através de refeições confecionadas e servidas em lares, creches, apoio domiciliário, cantinas sociais, entre outros.

Os alimentos mais doados foram produtos não perecíveis, como leite, arroz, azeite, massas, açúcar, cereais de pequeno almoço, bolachas, grão e feijão.

Quanto aos pedidos de ajuda, Isabel Jonet disse estarem a aumentar, “não só por parte das pessoas, como por parte das instituições, porque muitas ainda não viram renegociados os seus acordos com a Segurança Social e têm que dar a resposta nas valências de lares e de creches, a fazer a comida, e está tudo mais caro”.

Até 5 de junho, decorre também a campanha “Ajuda Vale”, com vales disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no ‘site’ www.alimentestaideia.pt, um portal de doações ‘online’.

“Agradecemos a todos quantos participaram, doando alimentos e com voluntariado. Uma vez mais os portugueses acolheram de forma generosa e entusiástica o desafio dos Bancos Alimentares e continuaram a alimentar esta ideia, contribuindo com a sua ajuda individual para dar uma grande ajuda coletiva às 400 mil pessoas que se confrontam ainda com carências alimentares, apesar do contexto inflacionista que se vive atualmente”, destacou Isabel Jonet, em comunicado.

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