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Sociedade

PCP exige requalificação do IC8 no distrito de Leiria com projeto de resolução

“A via atravessa várias localidades, tem vários cruzamentos de nível e várias curvas fechadas”, que “não são compatíveis com o perfil, traçado e velocidade de uma via com a classificação de IC”, alerta o partido.

O grupo parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República um projeto de resolução, que pede ao Governo a resolução de vários e graves problemas no Itinerário Complementar 8 (IC8) e a sua requalificação, sobretudo em Leiria.

Segundo o documento, os deputados eleitos pelo PCP consideram necessária a “alteração de traçado e de perfil da via de forma a corresponder à natureza de itinerário complementar, nomeadamente entre Pombal e Avelar”, no distrito de Leiria, “permitindo desviar o tráfego regional e nacional”, sobretudo veículos pesados.

Através do projeto de resolução, o PCP apela ainda à construção de faixas de aceleração e de desaceleração nos nós de acesso ao IC8 onde ainda não existam”, e a “melhoria das condições de circulação, nomeadamente no que respeita à iluminação, piso, entre outras”.

Nesse sentido, o PCP defende a mobilização de “fontes de financiamento para a requalificação do IC8, incluindo de fundos comunitários, sem prejuízo do financiamento através do Orçamento do Estado”.

O PCP salienta que o IC8, que integra o Plano Rodoviário Nacional, faz a ligação entre a autoestrada 17 (A17) em Outeiro do Louriçal, no concelho de Pombal, e a A23, próximo de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.

Trata-se de uma “via de comunicação de extrema importância para acesso à região do Pinhal Interior e sua ligação com o litoral”.

No entanto, o PCP sublinha que “há vários troços do IC8 que não são próprios de um IC”, destacando o troço entre Pombal e Pontão/Avelar, de cerca de 27 quilómetros.

“Neste troço, a via atravessa várias localidades, com inúmeras limitações de velocidade a 50 Km/h, tem vários cruzamentos de nível e várias curvas fechadas, elementos que não são compatíveis com o perfil, traçado e velocidade de uma via com a classificação de IC, facto que tem provocado inúmeros acidentes e atropelamentos, muitas vezes com vítimas mortais”.

Além da “elevada sinistralidade”, os deputados adiantam que faltam iluminação e faixas de aceleração e desaceleração, “em particular nos nós de acesso no troço entre Sertã e Proença-a-Nova” [Castelo Branco], e que o piso está degradado.

“Não se compreende que uma via estruturante na mobilidade regional e nacional ainda não tenha sido requalificada em toda a sua extensão. A requalificação do troço entre Pombal e Avelar chegou a estar prevista no âmbito da subconcessão do Pinhal Interior, tendo sido retirada mais tarde pelo Governo PSD/CDS-PP”, adianta o PCP.

Esta situação “defraudou a expectativa criada junto da população da resolução deste problema, revelando que as parcerias público-privadas não são solução”.

Entretanto, “o Governo PS incluiu no PNI [Programa Nacional de Investimentos] 2030 a construção do acesso desnivelado ao IC8 junto do Parque Empresarial do Camporês, em Ansião, e a realização de uma intervenção no troço Casas Brancas (A17), em Pombal”.

No entanto, para o PCP, “estas duas intervenções não resolvem os graves problemas existentes no IC8, o que evidencia a inexistência de um plano global de intervenção que lhes dê resposta”.


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