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Cultura

Sete Sóis Sete Luas leva a cultura do Mediterrâneo e da lusofonia a Pombal

Festival arranca este sábado com Edu Miranda e prossegue até 3 de setembro com mais cinco espetáculos de música e teatro de rua.

O músico Edu Miranda atua este sábado em Pombal, acompanhado pelo guitarrista Tuniku Goulart e pela cantora Luanda Cozetti

O Festival Sete Sóis Sete Luas leva oito concertos, uma peça de teatro e uma obra de ‘street art’ a Pombal, no distrito de Leiria, entre sábado e 3 de setembro.

Inspirado nas culturas do Mediterrâneo e do mundo lusófono, o festival fomenta desde 1993 intercâmbios entre artistas das várias cidades por onde passa e promove o encontro de músicos de diversas nacionalidades em grupos originais. Em 2022 regressa com “uma programação com surpresas, muitas figuras, em que cada noite é diferente”, explicou à agência Lusa o diretor artístico do Sete Sóis Sete Luas. 

“Não é um festival de ‘star system’. Aqui o público vai à descoberta porque já tem confiança no festival, sabe que vai encontrar produtos de alta qualidade”, avança Marco Abbondanza, que compara o festival a um restaurante. 

“Podemos não ter três estrelas Michelin, mas o que sai da nossa ‘cozinha’ é muito bom e o público aprecia. Por isso já sabe que somos uma marca de referência”.

Um dos destaques são “as orquestras Sete Sóis, microcosmos de muito talento, onde se juntam músicos que nunca trabalharam juntos”.

“É uma aventura musical e humana, onde se vive um clima muito bom, um exemplo de tolerância, onde a diversidade é exemplo de beleza”, frisa Marco Abbondanza. 

A edição deste ano liga 30 vilas e cidades de dez países, nomeadamente Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Itália, Marrocos, Tunísia e Portugal, onde chega a uma dezena de localidades.

“Depois de dois anos com confusões, testes aos músicos e tudo o mais por causa da pandemia, estamos com muita energia para recuperar o tempo perdido”, sublinha Marco Abbondanza, na véspera do arranque do Sete Sóis Sete Luas em Pombal.

“Desde 2015 Pombal abraça com muito carinho o nosso festival. Já fidelizou um belíssimo público, muito atento e curioso. Encontrámos aqui uma das cidades que mais se entusiasmaram com o festival”, admite Marco, considerando que a relação foi reforçada com a pandemia, porque o município “não deixou de fazer o festival”. 

Além dos espetáculos que a cidade recebe, também há músicos locais na ‘diáspora’ do Sete Sois Sete Luas, como a cantora Bárbara Sousa integra a orquestra de talentos Jeunesse V do 7Sóis, dirigida por Custódio Castelo, ou o guitarrista Ricardo Silva, que “já esteve connosco em Itália, Marrocos ou Israel”. 

“É um talento que temos acompanhado e que nos orgulha muito”, realça o diretor artístico. 

Sete Sóis Sete Luas arranca este sábado em Pombal, com Edu Miranda, “extraordinário virtuoso brasileiro do bandolim”, que atua na praça Marquês de Pombal acompanhado pelo guitarrista Tuniku Goulart e pela cantora Luanda Cozetti. 

Dia 13 de agosto, Pombal recebe a Maio 7Luas Band, produção com músicos de Maio, uma pequena ilha de Cabo Verde. É um dos grupos que fará três espetáculos para utentes dos lares do concelho, a par da Jeunsesse V do 7Sóis.

O teatro de rua chega a 19 de agosto, com os L’Avalot, da Catalunha, enquanto os italianos da Piccola Banda Ikona mostram a 20 de agosto música em sabir, antiga língua mediterrânica.

A 27 de agosto ouvem-se rumbas catalãs com Germa’Negre, despedindo-se o festival de Pombal a 3 de setembro com a Blimunda 7Luas Orkestra, outra criação original do Sete Sóis Sete Luas para homenagear José Saramago, com direção de Luís Peixoto e vozes de Juan Pinilla, de Granda, e de Nicole Dumbreville, de Reunião.

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