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Literatura Exclusivo

André Pereira mostra “gente genuína” de Leiria a ler o Nobel português

Vídeos criados no âmbito do projeto “Rua Saramago” são apresentados este sábado, dia 24.

Um dos momentos da realização de “Rua Saramago” em Leiria André Pereira

Agricultor, costureira, agente funerário, barbeiro ou operária fabril estão longe de serem profissões associadas à leitura. “Se calhar, é um preconceito nosso”, assume André Pereira, que procura mostrar o contrário em “Rua Saramago”, projeto integrado nas comemorações que Leiria preparou para o centenário do prémio Nobel português da literatura. A partir de livros de Saramago – “os mais antigos, mais ligados à terra” -, o escritor e argumentista desafiou “gente genuína de Leiria” a ler no contexto das suas profissões, “para mostrar a proximidade de Saramago a toda a gente”.

Filmou cinco pessoas e o resultado é apresentado este sábado, dia 24, às 15 horas, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.

Para tal, André escolheu livros onde são referidas ou mencionadas aquelas profissões: “Objeto quase”, “Levantado do chão”, “As intermitências da morte”, “As pequenas memórias” e “O homem duplicado”. A partir daí produziram-se cinco vídeos com cerca de um minuto e meio. “Estas pessoas não são atores e ainda bem, porque a ideia é mesmo mostrar pessoas comuns a ler Saramago”.

André Pereira, que se destacou, entre outros, no projeto de retratos escritos “O que te quero dizer”, assume gosto particular por “gente real”. “Pode parecer um lugar comum, mas gosto de conhecer todas as características, as falhas, as virtudes das pessoas”.

“Rua Saramago” permitiu-lhe isso através do exercício “muito gratificante de criar o guião, fazer os vídeos e a realização”.

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