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Nazaré

Requalificação de 1,1 ME no Museu Joaquim Manso ficará concluída dentro de um ano

A obra prevê a substituição do telhado, introdução de isolamento térmico, reabilitação dos rebocos das fachadas e substituição das caixilharias.

Museu Dr. Joaquim Manso CM Nazaré

O Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, deverá reabrir no final de 2023, depois de um investimento de 1,1 milhões de euros na requalificação do espaço, cuja empreitada foi assinada esta segunda-feira, dia 24.

“No total, o projeto de reabilitação e requalificação do Museu Dr. Joaquim Manso terá um custo superior a mais de um milhão e cem mil euros”, verba que, segundo a diretora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, vai permitir que, “no final do próximo ano, o museu volte a ser aquilo que nunca deveria ter deixado de ser”, reabrindo ao público num espaço “com as condições necessárias”.

O contrato de adjudicação da empreitada de reabilitação do edifício foi assinado entre a empresa Revivis, Reabilitação, Restauro e Construção e a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), que financia integramente a execução da obra.

A intervenção, que deverá iniciar-se em novembro e que tem um prazo de execução de 12 meses, visa dotar o edifício de “condições de segurança, salubridade e conforto” quer no que respeita aos visitantes e trabalhadores, quer com vista à “preservação do seu rico acervo”, disse Suzana Menezes.

A obra irá passar pela substituição do telhado, introdução de isolamento térmico, reabilitação dos rebocos das fachadas e substituição das caixilharias.

No interior do edifício, o projeto define três grandes áreas, anunciou a diretora regional, explicando que, no piso inferior, ficarão localizados a receção e loja, gabinetes de trabalho, as reservas do centro de documentação e a biblioteca.

O piso superior “irá acolher as exposições de longa duração” e as águas furtadas “vão albergar o serviço de mediação cultural”, explicou, acrescentando que as condições de acessibilidade serão asseguradas com a colocação de um elevador.

Ao valor da obra de reabilitação, que ascende a 750 mil euros, soma-se o investimento no desenvolvimento de um novo projeto de museografia (já em curso) e “uma importante verba para a conservação e restauro do acervo do museu, que, fruto de várias décadas de más condições, necessita de uma urgente intervenção”, sublinhou a diretora regional.

Em simultâneo será ainda adquirido mobiliário técnico para as reservas do museu e o mobiliário para o serviço educativo, para o centro de documentação, biblioteca e gabinetes de trabalho.

Por último, no exterior, será reconstruído um muro que colapsou e será feita a reconfiguração de canteiros e a reabilitação de pavimentos.

“A nossa caminhada de luta por este museu começou em 2019”, afirmou Suzana Menezes, na cerimónia realizada hoje nas instalações da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, lembrando que, face às condições de degradação que levaram ao encerramento do museu, em março de 2020, sempre recusou “qualquer solução de mero remendo cosmético”, batendo-se por uma intervenção de fundo para o edifício, que viu finalmente inscrita uma verba para a sua conservação no Orçamento do Estado para 2022.

Com a assinatura do contrato agora realizada, a diretora regional acredita que foi dado o passo que faltava para que o museu volte, finalmente, “a cumprir a sua função cultural, científica e pedagógica”, em reconhecimento da vontade de Amadeu e Claudina Gaudêncio, o casal que em 1968 doou ao Estado português a antiga casa de férias de Joaquim Manso, com o objetivo de ali criar um museu etnográfico que contasse a história da Nazaré e da sua relação com o mar.

O Museu foi inaugurado em 1976.

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