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Cultura

Projeto “Palco em Casa” leva arruadas a nove aldeias da região Centro

A iniciativa arranca no dia 19 de abril e prolonga-se até 10 de maio, todas as quartas-feiras, com concertos nas ruas de cada aldeia.

O projeto "Palco em Casa" realizou 24 concertos de bolso em 12 aldeias isoladas nos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande Foto: SAMP

Nove aldeias da região Centro vão receber arruadas, com música, dança e convívio, no âmbito do projeto “Palco em Casa”, da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), de Leiria.

A iniciativa arranca no dia 19 de abril e prolonga-se até 10 de maio, todas as quartas-feiras, com concertos nas ruas de cada aldeia, refere uma nota de imprensa da SAMP.

“A primeira aldeia a vivenciar a música e a arte nas suas ruas será o Furadouro, em Condeixa”, no distrito de Coimbra, seguindo-se aldeias dos concelhos de Pombal, Ansião, Porto de Mós e Leiria, neste distrito.

Segundo a SAMP, o palco “vai fugir de casa para cantar nas ruelas” das aldeias, “acompanhado pelo som dos montes e metais, mas, sobretudo, pela voz dos seus habitantes”.

A SAMP adianta que o “Palco em Casa” oferece uma programação de concertos de bolso ou míni espetáculos de teatro musical a pessoas idosas que vivem em territórios afastados dos centros urbanos e com menos população.

“Com este trabalho, pretende-se proporcionar oferta cultural a que não têm acesso, seja por razões económicas, sociais ou geográficas, bem como potenciar a qualidade de vida destes idosos”, destaca a SAMP.

Um dos coordenadores deste projeto, Ruben Santos, explicou hoje à agência Lusa que “a fase dos míni espetáculos já findou e agora começa outra”, aberta à comunidade em geral.

“Chamamos-lhe arruadas, porque vamos estar a conviver na rua com música, mas não tem, necessariamente, de ser uma arruada como nós a entendemos, em que as pessoas vão a tocar na rua, começam num ponto e acabam noutro. Simplesmente, vamos estar de forma informal com as comunidades e sempre através da música, obviamente”, disse o professor de música.

Questionado sobre o que as populações podem esperar das arruadas, Ruben Santos realçou que, além de assistir, as pessoas podem participar.

“Podem esperar convívio e boa disposição. Transversal a todas as fases do projeto, é estarmos juntos. Estamos juntos através da cultura e da arte”, frisou.

Ruben Santos referiu que, depois dos concertos de bolso em casa das pessoas, “desta vez, é aberto à comunidade, é informal, é convívio, é conversar, é dançar, é tocar também quem sabe”.

Na escolha dos locais das arruadas pesou os que estão mais isolados, com menos habitantes e mais idosos.

“A ideia é mesmo esta, é ir ao encontro de pessoas que não têm possibilidade, pelas várias razões, de se deslocar aos grandes centros onde acontece cultura”, declarou, realçando que os objetivos do “Palco em Casa” são “levar cultura com qualidade” a casa das pessoas e estar com elas, tentando reduzir o seu sentimento de solidão.

De acordo com a programação, no dia 19, Furadouro e Memória (Leiria) recebem arruadas.

Já no dia 26, é a vez de Silveirinha Pequena e Pousadas Vedras (Pombal). Vale de Vide e Mata de Cima (Ansião) são as paragens seguintes, em 3 de maio.

No dia 10 de maio, São Bento e Pia Carneira (Porto de Mós) e Chainça (Leiria) acolhem as últimas arruadas.

Segundo a SAMP, este projeto é financiado pelo programa Portugal Inovação Social e tem como investidores sociais a Critical Software e as câmaras de Leiria, Pombal, Ansião e Porto de Mós. A União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes apoia a iniciativa.

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