Construção regressa ao crescimento mas continua distante da euforia do início do século
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A região está a reagir à escassez no mercado da habitação com o renascer da vitalidade do sector da construção. Nos últimos anos, o número de novos fogos ganhou renovado ânimo, mas está longe do ímpeto de há vinte anos
As novas habitações construídas na região durante a última década são apenas um quarto daquelas que foram construídas na década anterior. A crise na habitação é tema central no debate atual e as razões que concorrem para este facto são diversas.
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Pois bem, poder-se-ia dizer, dados os resultados da euforia do início do século, que um pouco de prudência não faz mal. Seria interessante, antes de abrir novos canteiros, entender por que na cidade existem vários canteiros com obras avançadas, mas inacabadas e depois abandonadas. Até mesmo à Nazaré, na rampa de acesso ao restaurante São Miguel, com uma vista espectacular sobre o oceano, estaleiro em estado avançado de construção e abandonado há algum tempo. Como cidadão estrangeiro, há muito que me pergunto por que razão este fenómeno ocorre. Casas abandonadas desde tempos imemoriais. Ninguém está reformando, os canteiros de obras de novas casas estão em movimento, algumas delas abandonadas durante as obras e, sobretudo, há escassez de moradias. Na minha cidade de Bolonha, uma cidade medieval, não existe um único buraquinho por renovar e as autoridades asseguram a correcta manutenção mesmo das propriedades actualmente desocupadas. Haveria muitas oportunidades em Leiria para reavaliar um centro histórico encantador, capaz de se oferecer aos cidadãos e turistas nas suas muitas nuances. Por isso e não só acredito que esta cidade, mais do que a euforia do início do século, necessita de um projecto de grande alcance, fruto de uma profunda reflexão. Esta cidade merece mais atenção do que recebe, tanto das autoridades como dos seus cidadãos. Mais planejamento e menos aproximação, é tão difícil?
Com o maior respeito, VP
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Valerio Puccini disse:
Pois bem, poder-se-ia dizer, dados os resultados da euforia do início do século, que um pouco de prudência não faz mal. Seria interessante, antes de abrir novos canteiros, entender por que na cidade existem vários canteiros com obras avançadas, mas inacabadas e depois abandonadas. Até mesmo à Nazaré, na rampa de acesso ao restaurante São Miguel, com uma vista espectacular sobre o oceano, estaleiro em estado avançado de construção e abandonado há algum tempo. Como cidadão estrangeiro, há muito que me pergunto por que razão este fenómeno ocorre. Casas abandonadas desde tempos imemoriais. Ninguém está reformando, os canteiros de obras de novas casas estão em movimento, algumas delas abandonadas durante as obras e, sobretudo, há escassez de moradias. Na minha cidade de Bolonha, uma cidade medieval, não existe um único buraquinho por renovar e as autoridades asseguram a correcta manutenção mesmo das propriedades actualmente desocupadas. Haveria muitas oportunidades em Leiria para reavaliar um centro histórico encantador, capaz de se oferecer aos cidadãos e turistas nas suas muitas nuances. Por isso e não só acredito que esta cidade, mais do que a euforia do início do século, necessita de um projecto de grande alcance, fruto de uma profunda reflexão. Esta cidade merece mais atenção do que recebe, tanto das autoridades como dos seus cidadãos. Mais planejamento e menos aproximação, é tão difícil?
Com o maior respeito, VP