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Sociedade

Incêndio provoca danos em cobertura do antigo Convento dos Capuchos em Leiria

O vereador da Proteção Civil da Câmara de Leiria afirma “não haver nenhuma causa aparente” para o incidente.

Alerta para o incêndio foi dado pelas 4h39 Joaquim Dâmaso

Um incêndio que começou hoje de madrugada provocou danos numa cobertura do edifício do antigo Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria, disse à agência Lusa o vereador da Proteção Civil daquele concelho.

Luís Lopes adiantou que as chamas “destruíram uma cobertura do edifício, que não tem significado”.

“Havia muito combustível acumulado no local. As operações de rescaldo estão a decorrer e ainda deverão demorar algum tempo”, informou o autarca.

Segundo Luís Lopes, “não há nenhuma causa aparente” para o incêndio, cujo alerta foi dado pelas 4h39.

“O incêndio ficou dominado pelas 6 horas”, acrescentou.

Segundo o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, no local estiveram 33 operacionais, apoiados por dez veículos dos Bombeiros Sapadores de Leiria, Voluntários de Leiria, Maceira e Ortigosa, e as autoridades.

O Convento de Santo António dos Capuchos, cujo edifício está em ruínas, é propriedade do Estado, e está classificado como Imóvel de Interesse Público.

Na assinatura do contrato de concessão, em 2019, o Governo anunciou que um grupo de três empresários iria investir 4,5 milhões de euros na transformação do Convento dos Capuchos, num hotel de quatro estrelas, com 50 quartos.

A secretaria de Estado do Turismo e a secretaria de Estado da Defesa Nacional assinaram o contrato de concessão do Convento de Santo António dos Capuchos, em Leiria, com um consórcio composto por António Luís Sampaio de Almeida, Carlos Martins Oliveira e Paulo José Pereira de Sousa.

O investimento total para a recuperação do edificado está estimado em 4,5 milhões de euros e a renda anual é de 40 mil euros, numa concessão para 50 anos.

O concessionário compromete-se a construir uma unidade hoteleira de 4 estrelas com 50 quartos, piscina e restaurante.

O Convento de Santo António dos Capuchos tem origem em 1657, com elementos arquitetónicos típicos dos conventos capuchinos. Em 1770 foi alvo de obras de ampliação, altura em que foram acrescentados os corpos laterais e os portais barrocos. No século XIX foi alvo de novas obras de ampliação, que lhe conferiram a disposição atual, com o edificado em volta do claustro e do pátio.

Com a extinção das ordens religiosas, em 1834, o convento ficou na posse do Estado, que o transformou em hospital militar em 1864. Foi restaurado em 1904 e encontra-se devoluto há vários anos.

Em março, o Ministério da Economia disse à Lusa que o prazo para início da exploração do Convento de Santo António dos Capuchos, no âmbito do programa Revive, foi prorrogado para janeiro de 2025.

“Foi feito um aditamento ao contrato, em janeiro de 2022, a pedido do concessionário e em face da instabilidade ainda sentida após pandemia da doença covid-19 e da crise global na energia e dos efeitos resultantes da guerra na Ucrânia que resultou em aumentos abruptos dos preços das matérias-primas, dos materiais e da mão de obra, com especial relevo no setor da construção”, explicou o ministério liderado por António Costa e Silva.

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