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Desporto

Auriol Dongmo diretamente na final do peso

Atleta que vive e treina em Leiria está a competir nos Campeonatos do Mundo de atletismo, em Budapeste

Auriol Dongmo, de 33 anos, que vive e treina em Leiria, 'carimbou' a passagem à final (foto de arquivo) Foto: European Athletics

Auriol Dongmo qualificou-se hoje diretamente para a final do lançamento do peso nos Campeonatos do Mundo de atletismo, em Budapeste, com um arremesso a 19,59 metros, na primeira tentativa, enquanto Jessica Inchude e Eliana Bandeira foram eliminadas.

A campeã mundial e europeia em pista coberta, vice-campeã da Europa ao ar livre, quarta nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e quinta nos Campeonatos do Mundo Oregon2022, foi a segunda atleta a lançar, depois de a neozelandesa Maddison-Lee Wesche ter alcançado 18,59.

Poucos minutos depois, Dongmo, de 33 anos, bateu esta marca em um metro e ‘carimbou’ a passagem à final, marcada para hoje, às 20:15 (19:15), superando a marca de qualificação direta (19,10).

“A minha intenção era despachar-me no primeiro ensaio e acabar com a qualificação. Consegui e agradeço a Deus”, rematou Dongmo, lamentando o “calor muito horrível” na capital húngara.

A portuguesa foi a primeira das oito lançadoras a avançar diretamente para a decisão do concurso, com a segunda melhor marca, só atrás da neerlandesa Jessica Schilder (19,64, a sua melhor marca do ano), medalha de bronze em Oregon2022.

A recordista portuguesa, com 20,43, que foi 20.ª em Pequim2015, ainda pelos Camarões, vai encerrar a participação portuguesa nos 19.ºs Mundiais, admitindo sentir a responsabilidade para conseguir um bom resultado e assegurando estar bem fisicamente.

“Claro que eu sinto responsabilidade. Trabalhei e fiz muitos sacrifícios para chegar aqui e preciso de devolver tudo o que fiz antes, não só por mim, mas por toda a equipa”, vincou a lançadora do Sporting.

Abaixo da marca de qualificação direta para a final, e dos 18,59 metros alcançados por Wesche, logo no primeiro ensaio, que lhe deram a 12.ª e última vaga, ficaram as outras portuguesas, num concurso em que o quinto lugar de Dongmo no ano passado é o melhor resultado de sempre.

Jessica Inchude, de 27 anos, terminou no 16.º lugar, melhorando uma posição relativamente aos Mundiais Oregon2022 [antes já tinha sido 30.ª em Londres2017 ainda pela Guiné-Bissau], com 18,16, conseguidos no terceiro e último arremesso, depois de 17,74 e de um nulo.

“Estou muito satisfeita com a minha marca e com a minha classificação. Fiz melhor marca e melhorei um lugar em relação ao ano passado, por isso, acho que é um balanço muito bom. Acho que competi muito bem, mas as minhas adversárias também e foi um concurso complicado. Fiz o melhor que consegui”, assegurou Inchude.

Eliana Bandeira, também de 27 anos, ficou quatro lugares abaixo, no 21.º posto, graças aos 17,79 do último lançamento, depois de dois nulos.

“Ficou tudo para o fim, mas, de qualquer forma, estou bastante contente por ter estado entre as melhores do mundo e ter elevado o lançamento do peso feminino de Portugal, com três grandes atletas nestes campeonatos, que foram os meus primeiros. Não passei à final e esse era um dos objetivos, mas adquiri alguma experiência e estou com o objetivo dos Jogos Olímpicos. Tenho de continuar, porque a época foi positiva, mas é melhorar, afinar a técnica, porque há alguma instabilidade, para o próximo ano”, salientou Bandeira.

A final do concurso feminino do lançamento do peso, única disciplina em que Portugal ‘esgotou’ a quota na qualificação, encerra a presença lusa nos 19.ºs Mundiais, sem que ainda tivesse conquistado nenhuma posição acima do oitavo lugar.

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