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Saúde

Consumo de broa de milho continua desaconselhado em Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro

Segundo a Direção-Geral da Saúde, “foram identificadas e retiradas do circuito de produção as matérias-primas envolvidas nesta ocorrência”.

A recomendação de não consumo de broa de milho em Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro mantém-se e foram retiradas do mercado as matérias-primas envolvidas nos casos de toxinfeção (intoxicação alimentar), disse hoje à agência Lusa a Direção-Geral de Saúde.

A recomendação de restrição de consumo da broa de milho pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) mantêm-se “nas áreas consideradas de risco, até que haja a garantia de que todos os alimentos ou produtos potencialmente contaminados estão efetivamente retirados do mercado”, referiu à Lusa a DGS, em resposta escrita.

Segundo aquela entidade de saúde, “foram identificadas e retiradas do circuito de produção as matérias-primas envolvidas nesta ocorrência, mantendo-se a avaliação sistemática da sua eventual presença, estando a ser implementadas todas as medidas consideradas adequadas para a gestão do risco”.

Num comunicado conjunto divulgado a 10 de agosto, a DGS e a ASAE desaconselharam o consumo de broa de milho em localidades dos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro enquanto decorre a investigação à toxinfeção alimentar associada a este alimento.

Àquela data tinham sido detetados 187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar associados ao consumo de broa de milho nos distritos de Leiria (Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande), Santarém (Ourém), Coimbra (Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra) e Aveiro (Ílhavo, Vagos).

Neste momento, a DGS informou que “existem apenas casos esporádicos de toxinfeção alimentar associada ao consumo deste alimento”, devido à “estratégia adotada pelas autoridades competentes e à adesão às medidas por parte dos produtores e dos consumidores”.

A recomendação continua a ser “preventiva e provisória” para as áreas consideradas de risco, “até nova comunicação”.

“Não se confirma o envolvimento de produto estupefaciente na confeção da broa”, garantiu ainda a DGS.

Quando o alimento for considerado seguro, a DGS avisará.

Entre 21 de julho e 9 de agosto de 2023 foram registados 187 casos que apresentavam um quadro sintomático semelhante, principalmente secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular.

Estes sintomas surgiram entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos.

Na maioria dos casos verificou-se ausência da sintomatologia em poucas horas, com sintomas classificados como ligeiros, com apenas 43 dos casos suspeitos a necessitarem de cuidados hospitalares.

Foi aberta uma investigação epidemiológica, que foi conduzida pelos Departamentos de Saúde Pública das Regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo, Direção-Geral da Saúde, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

“Foi possível determinar que os afetados tinham em comum o consumo de broa de milho produzida e distribuída nos distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro, pelo que a suspeita da origem da toxinfeção pode estar relacionada com a farinha usada na confeção deste alimento”.

A DGS e a ASAE determinaram a investigação e a realização de análises ao alimento e matérias-primas, e a inspeção de operadores económicos para identificação dos lotes de matérias-primas utilizados.

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