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Câmara da Marinha Grande garante que projeto de biometano “não vai afetar as populações”

Aurélio Ferreira “manifesta o interesse do município em ver concretizados projetos inovadores, que tenham como propósito a preocupação ambiental, descarbonização e a produção de energias renováveis”

Momento da reunião que decorreu esta quarta-feira

A Câmara da Marinha Grande considera que o projeto de produção de biometano denominado Biojoule Energy “não vai afetar as populações” e “contribuirá para a mitigação dos efeitos decorrentes dos efluentes provenientes de unidades agropecuárias”.

A conclusão foi revelada pelo presidente da autarquia, Aurélio Ferreira, após uma reunião na quarta-feira, dia 13, com responsáveis da empresa, pertencente ao Grupo Molgás, que pretende “construir uma unidade de produção de biometano liquefeito a partir de biogás, previamente gerado por digestão anaeróbia de resíduos agropecuários”.

O projeto “consiste na produção de energia 100% limpa com base em resíduos provenientes, maioritariamente, da suinicultura e da avícultura”, explica o município.

No final do encontro, Aurélio Ferreira, “manifestou o interesse do município em ver concretizados projetos inovadores, que tenham como propósito a preocupação ambiental, descarbonização e a produção de energias renováveis, que podem gerar muitas sinergias na região, nas áreas do tratamento dos resíduos e industrial”.

Segundo o autarca, o Biojoule Energy “não tem qualquer ligação ao rio Lis, nem vai afetar as populações, mas irá permitir contribuir para a mitigação dos efeitos decorrentes dos efluentes provenientes de unidades agropecuárias, cujo impacto negativo é sentido no concelho da Marinha Grande, através do rio Lis”. A unidade está a ser projetada para junto da ETAR do Coimbrão, no município de Leiria.

Para o administrador da Molgás, Fernando Breda, o projeto “é inovador na área da energia limpa e vai ter um impacto relevante na comunidade, em particular na mitigação do elevado passivo ambiental existente na bacia hidrográfica do Lis”, pois irá “mitigar a poluição gerada pelos resíduos orgânicos, convertendo-os em energia, na forma de biogás”.

Na perspetiva do técnico Vicente Gozálvez, que acompanhou a apresentação, a convite da Molgás, “o projeto não é um problema, mas uma solução”, já implantada na Europa, que gera energia e biofertilizantes.

“Os equipamentos são fechados e, como tal, não provocam a emissão de gases ou odores para o ambiente e não afetam nenhuma área habitada, podendo afirmar-se, com toda a tranquilidade, que não oferece preocupações”, garantiu.

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